Simoninha volta ao mercado com o álbum "Alta Fidelidade"

Após cinco anos sem gravações solo, o cantor, compositor e produtor Wilson Simoninha lança o CD "Alta Fidelidade", seu quinto disco de carreira, que chega ao mercado numa parceria da S de Samba com a Som Livre. Nesse meio tempo, Wilson Simonal Pugliesi de Castro esteve envolvido com o projeto "O Baile do Simonal", juntamente com o irmão Max de Castro, no qual os dois procuravam honrar (e reverberar) o suingue e o repertório do pai, o músico Wilson Simonal (1939-2000).

Simonal, vale lembrar, voltou à baila principalmente após o lançamento do documentário "Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei". A dedicação ao repertório do pai certamente será sempre uma constante na vida dos rebentos, mas, agora, é hora de seguir em frente. E a nova aposta do carioca de 49 anos, radicado em São Paulo, abarca 12 faixas, sendo dez canções inéditas e autorais, além da releitura de "Falso Amor", de Jair Oliveira, também apresentada em versão remix.

Roteiro

Entre as faixas, há, por exemplo, uma parceria (na composição e nos vocais) com João Sabiá, "Meninas do Leblon". "Meninas do Leblon, no horizonte o Dois Irmãos/ Oitava maravilha do planeta", diz a letra, que abre o disco sem muito a acrescentar em termos poéticos.

O roteiro segue com "Quando", parceria firmada com João Marcello Bôscoli e Marcelo Lima ("Defronte a mim, você tem um mar no olhar e é demais...", diz a letra).

A terceira faixa, "Qual É o Meu Lugar (Menina)", traz tiradas mais sinceras, enquanto "Versos Fáceis" mostra que ser "simples" é bem diferente de ser "simplório". Em tom mais íntimo, o intérprete apresenta "Nós Dois". E numa exaltação ao gingado e volúpia da mulher brasileira, ele mostra "Morena Rara", em parceria com o sambista Edu Krieger, e "Quebra" ("Ela quer me dar um nó com um par de pernas/ Ela deixa doido e depois interna"). Engraçadinha, a letra.

Já "Paixão (Meu Time)" peca quando o cantor exalta o futebol. "E cada gol é um orgasmo". O jeito é pular a faixa.

Então, chegamos a "Distraído", de "climão" caliente, e "Pois é, Poeira", sobre amor ao Carnaval. Esta, sim, bem posicionada, "nos finalmentes".


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