Com mais de 40 anos de carreira, Luiz Melodia parece ter “tirado de letra” o desafio de selecionar as 14 músicas que tocaria na série “Sinfônica Pop” de 2015. “Tive uma mãozinha do Renato Piau, meu guitarrista; já temos algumas canções que gostamos de fazer no palco. Até a minha esposa (a cantora, compositora e produtora Jane Reis) ajudou. Não foi difícil”, afirma o artista. Convidado para se apresentar ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), entre terça (8) e quinta-feira (10), às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes, Melodia diz estar com boas expectativas em relação ao concerto.
Com regência do maestro Sérgio Gomes, arranjos originais compostos pelo maestro Marcelo Ramos, ex-regente titular da OSMG, e pelo pianista e arranjador Fred Natalino, o repertório é um passeio pela carreira do cantor e compositor carioca. Para se ter uma ideia, apenas duas músicas não são de autoria de Melodia – “Codinome Beija-Flor” (Cazuza/Ezequiel Neves/Reinaldo Arias) e “Que Loucura” (Sergio Sampaio).
Quatro foram pinçadas de seu primeiro álbum, “Pérola Negra”, de 1973: a faixa-título, “Magrelinha”, “Estácio Holly Estácio” e “Vale Quanto Pesa”. “São canções que o público admira e viveu muito. Acho que é um presente para eles”, diz Melodia.
As mais recentes também não ficam de fora. Estão no repertório “Cura”, “Cheia de Graça” e “Papai do Céu”, do último disco, “Zerima”, lançado ano passado – quebrando jejum de 13 anos sem um álbum de inéditas.
“Para mim, é um privilégio fechar o ‘Sinfônica Pop’ deste ano. Acho que a proposta é bacana porque o nosso país tem uma variedade de som e estilos e esta é uma oportunidade para o público ver esta fusão. Todos nós ganhamos com isto. Está sendo maravilhoso – e ainda vai ter (na vinda a BH) um frango com quiabo, que não deixo de comer todas as vezes que venho aqui”, brinca.
“Sinfônica Pop” com Luiz Melodia. De 8 a 10 de dezembro, às 20h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537). Entrada: R$ 40 e R$ 20 (meia).