Skank assume a responsabilidade de criar trilha sonora para o Grupo Corpo

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
25/11/2014 às 07:36.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:09
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)

(Samuel Costa/Hoje em Dia)

Em clima de celebração, o Grupo Corpo anunciou nessa segunda-feira (24) uma bela novidade para seu público: a dobradinha com o Skank, convidado a assinar a trilha de um dos dois espetáculos prometidos para 2015. O outro – anunciado há três meses – também envolve parcerias de calibre: o compositor Marco Antônio Guimarães, do grupo Uakti, e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

“A Filarmônica já gravou sua parte. Agora é a vez de o Uakti entrar em cena”, pontuou o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, no encontro com a imprensa, que teve como palco a sede do grupo, no bairro Mangabeiras. A cereja do bolo ficou por conta da presença de Samuel Rosa e seus companheiros de estrada do Skank, que aproveitaram para assistir à execução de trechos do espetáculo “Triz”.

“E agora vimos com outros olhos, reparando mais na trilha sonora e em suas nuances. Vamos mergulhar nos sons do Skank, mesmo naqueles que não entram nos discos, para compor essa trilha. A gente espera ser tão criativo quanto o Corpo e responder à altura esse convite tão especial”, disse Samuel, jogando confetes aos novos “sócios”.

Segundo Pederneiras, o desejo de firmar parceria com a banda mineira vem de longa data. “Há muito tempo flertamos com essa possibilidade, que sempre nos agradou. Em razão das comemorações dos 40 anos da companhia, sentimos que era o momento ideal para concretizá-la”, confessa.

A companhia de dança preparou outra novidade: Cassi Abranches – que assina a coreografia executada por Rodrigo Santoro e Bruna Linzmeyer no longa-metragem “Rio, Eu te Amo” – vai elaborar os movimentos concebidos a partir da trilha do Skank.

A ex-bailarina do Corpo (deixou a companhia em 2013), aliás, é apontada pelo próprio Rodrigo como uma possível sucessora. “Há tempos queremos introduzir uma coreógrafa ‘no pedaço’, para ir ocupando o meu lugar. E a Cassi vem fazendo trabalhos geniais”, atesta o coreógrafo.

Primeira vez

De volta ao assunto Skank, cumpre dizer que esta é a primeira vez que o Corpo trabalha com um grupo que possui uma sonoridade mais rock. “Teve o trabalho com o Arnaldo Antunes, mas era uma sonoridade mais urbana. Essa pegada rock é a primeira vez. Espero que eles sigam por essa linha. Acredito que vá ser um casamento bem-sucedido”, aposta Cassi.

Em tempo: o fato de, ano que vem, o Corpo estrear dois espetáculos – contrariando a prática na qual a estreia de um espetáculo vinha acompanhado, no programa (sempre duplo), por um balé já conhecido – ocorre em função das comemorações dos 40 anos da companhia, e ainda prevê um livro com fotos dos integrantes pelo mundo – mas “nada de ordem cronológica”, avisa o diretor artístico Paulo Pederneiras.
 

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