(Lucas Pradino / Divulgação)
A partir da história de mulheres que participaram d[/TEXTO]e lutas políticas na América Latina, a atriz mineira Idylla Silmarovi concebeu o espetáculo “Guerrilha – Experimento para Tempos Sombrios”, que estreia nesta sexta-feira no Sesc Palladium.
Em seu primeiro trabalho solo, Idylla, que também integra o coletivo Bacurinhas, se lança nas memórias de mulheres guerrilheiras. A vontade de falar sobre o tema se inflamou após uma viagem para a Bolívia. “Estive em espaços de luta e percebi a forte presença feminina nas lutas armadas. Mas elas não recebem o mesmo protagonismo que os homens”, relata.
A atriz reuniu a pesquisa realizada na Bolívia a textos produzidos durante processos de criação com o coletivo Bacurinhas para desenhar o enredo. “Fiz uma costura da memória dessas mulheres. Quem são elas? Seus nomes? Biografia?”, elucida.
A peça não segue uma ordem cronológica. São fragmentos que se misturam no contexto latino-americano. “O Brasil também viveu lutas antiditatoriais. E as mulheres assumiram posições estratégicas”, pontua. Apesar do espetáculo não ser linear em relação ao tempo, um dos contextos históricos que circunda as cenas é a Operação Condor, que reprimiu os movimentos de luta na América Latina.
Em cena, Idylla utiliza de características estéticas como o mascaramento para dar voz às mulheres. “Tem momento interpretados por zapatistas, outros por máscaras que se aproximam de Frida Kahlo. Mas são mulheres híbridas que dialogam com a história de todas nós”, ressalta. No palco, a atriz é acompanhada pela musicista chilena Claudia Manzo que realiza a trilha sonora ao vivo.
Serviço – “Guerrilha” – Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1046). Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
R$ 10 e R$5 (meia)