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Linda, poderosa... e grávida. Quando a socialite norte-americana Kim Kardashian desembarcou no Brasil, mês passado, para lançar uma coleção própria de roupas para o Dia dos Namorados por uma loja de departamentos, o fato de estar esperando o segundo filho (ou filha) da união com o rapper Kanye West ainda não havia sido oficialmente anunciado.
Sexy até a medula, a bela – que tem a vida transmitida por um reality show exibido também no Brasil – é inspiração para muitas mulheres igualmente voluptuosas – mas, sim, há um contingente não menos considerável que também torce o nariz para a milionária. A coleção Kardashian para o nosso “Valentine’s Day” (no hemisfério Norte, você sabe, a data é comemorada em 14 de fevereiro) é apenas uma das várias opções disponibilizadas para a ocasião.
Não que o Dia dos Namorados seja uma data tão lucrativa para o comércio quanto o Dia das Mães, o Natal ou m esmo o Dia das Crianças (leia mais ao lado). Mas o amor... Bem, o amor! Como diria o nosso poeta maior, o amor resiste a dicionários... e a regulamentos vários.
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Motivo pelo qual os milhões de apaixonados país afora certamente vão fazer de tudo para dar um jeito de driblar a crise e garantir o sorriso no rosto do amado. Nesta página, uma seleção de produtos, muitos dos quais criados especialmente para a data – como a coleção da mãe de North West, já citada.
Mas, bem, há também mimos que já estão no mercado e que certamente vão casar com o desejo de sua cara-metade – dá para resistir, por exemplo, às toy arts que reproduzem os personagens da série “Game of Thrones”?
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E se você está com o orçamento apertado, não se preocupe. Sempre há um prosaico – e romântico – botão de rosa capaz de suscitar um suspiro – e garantir um 12 de junho do mais puro romantismo. Principalmente se acompanhado das palavras certas.
Consumidor cauteloso esfria expectativa do comércio
Mesmo sendo considerada a terceira melhor data do ano para o comércio, o Dia dos Namorados não gera grandes expectativas para o varejo em Belo Horizonte. Apesar das promoções e estratégias de vendas elaboradas para o período, quase 42% dos lojistas consultados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG) acreditam que a movimentação será menor em relação a 2014.
O cenário de baixo crescimento econômico e a desaceleração do consumo impulsionada pelo leve aumento da inadimplência são os principais motivos para a desconfiança dos empresários e a cautela dos consumidores. A queda pode chegar a 25%, acompanhando a retração percebida no Dia das Mães.
Supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio, Luana Oliveira explica que a projeção de baixo faturamento dos empresários vai ao encontro do que o consumidor espera para a data. Apenas 14% dos entrevistados pretendem gastar, em 2015, mais do que no ano passado.
“Há uma intenção muito maior de pagamento à vista. Isso é um indicador do receio dos consumidores de perder o controle das contas, até porque o endividamento também desestimula o consumo na data”.
Para o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Davidson Cardoso, o crescimento do setor não deve ser maior do que 1% em relação a 2014.
“O consumidor espera gastar um valor médio de R$ 100. A meta é, pelo menos, manter o nível de vendas de 2014”, Davidson Cardoso - vice-presidente da CDL/BH
(*) Com Raul Mariano