Teatro é artifício usado para retratar a história local

Thais Oliveira - Hoje em Dia
02/11/2015 às 07:56.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:18
 (Cristiano Machado)

(Cristiano Machado)

Desde a inauguração, há cerca de dois anos, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH), na Praça da Liberdade, oferece uma visita teatralizada para contar a história do espaço. O passeio acompanhado pelo Hoje em Dia foi guiado pelo “jornaleiro” Luís Eduardo, papel este revezado com a “Dama dos Anos 20” e a “Deusa da Justiça” – personagens inspirados em antepassados.

Veja o vídeo:



“Extra, extra, extra”, grita o jornaleiro, dando início à visita. Aos poucos, o público se junta para saber o que está acontecendo, e Luís trata logo de chamar todos para embarcar nesta viagem. Entre as curiosidades, o garoto conta que o local abrigou, anteriormente, a Secretaria do Estado de Segurança Pública e da Procuradoria Geral do Estado.

De forma descontraída, a visita traz também um pouco da cultura de uma época longínqua. Exemplo é quando o jornaleiro se senta no piso do segundo andar e desafia os visitantes a jogar bolas de gude.

O engenheiro de produção Rodrigo Bramusse, 28 anos, entra na brincadeira, mas acertar as bolinhas que é bom, nada. “Vou te ensinar como se joga”, diz Luís a Rodrigo. Mas, opa, “peraí”! Essa “bolinha” que você pegou agora, não está muito grande, não, “seu” Luís?

O pessoal cai na risada e a visita continua numa sala que já foi usada por um secretário de alto cargo tempos atrás. O mais inusitado, aponta Luís, é o banheiro, no fundo da sala, em que o porta-papel higiênico fica ao lado do mictório, em vez do vaso sanitário. “Algo me diz que quem usa o vaso precisa mais do papel higiênico (risos)”, brinca uma das visitantes. A caminhada passa num piscar de olhos, dura apenas cerca de 20 minutos, mas termina com a aprovação do pessoal. “Achei interessante, pois a abordagem é de forma lúdica, o que ajuda na assimilação dos detalhes e da história do lugar”, diz
 
Bramasse.

Luís Eduardo, que, na vida real, responde pelo nome de Tamira Mantovani, 28, cursou Artes Cênicas na UFMG, é educadora do CCBB-BH e há cerca de seis meses interpreta o jornaleiro. “A gente estuda muito para fazer a visita, porque não é só teatro; é necessário conhecer realmente a história do prédio e saber também sobre as exposições”, ressalta.
 

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