Tetê Espíndola mostra agudos e maturidade no "Salve Rainhas"

Elemara Duarte - Hoje em Dia
17/09/2013 às 09:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 12:28

Com os famosos agudos acrescidos de maduros contraltos, Tetê Espíndola sobe ao palco no projeto "Salve Rainhas" nesta terça (17) e na quarta (18), às 19 horas, na Funarte MG (rua Januária, 68, Floresta). Os ingressos custam R$ 5 e R$ 2,50 (meia). Ainda para este ano, a cantora, hoje com 59 anos, prepara CD duplo, com a remasterização de seu delicado "Pássaros na Garganta" (1982) e com composições inéditas ao lado da parceira mais constante dela: a craviola.

O instrumento de 12 cordas e de nome diferente a acompanha hoje e amanhã nas apresentações. Tetê diz que a craviola também a inspirou a alcançar os agudos tão famosos em seus trabalhos em quase 40 anos de carreira.

O bate-papo musical que Tetê traz a BH é semelhante ao show com o qual vem percorrendo o país. "A novidade é uma música que nunca gravei. Eu a cantei no primeiro festival que ganhei como melhor intérprete", inclui. A música chama-se "Sorriso", de Geraldo Espíndola, irmão da cantora. Ela cantou a canção aos 14 anos ainda no Mato Grosso, onde nasceu e viveu até os 18.

Experiência no gogó

"Coração Doidinho", a inesquecível "Escrito nas Estrelas" e a bucólica "Sertaneja" também estarão na listinha de Tetê para as apresentações em BH. "Também farei algumas canções à capela", antecipa.

Tetê Espíndola diz que o tempo, o senhor da razão e da experiência que se conquista, é o principal segredo que a faz encarar o público tranquilamente só com a voz.

"Eu não tinha o agudo como tenho hoje. Fui lapidando. Cheguei no auge já nos festivais. Nunca estudei música. Lapidei a voz com experiência própria e por causa do som da craviola, onde eu componho", aponta, mais uma vez, para "a amiga".

Tetê afirma que ainda se sente muito confortável cantando nos agudos. Porém, um presente da maturidade chegou para tornar a voz mais versátil: "Estou com um contralto uma oitava abaixo", revela.

A cantora explica que isso veio a partir dos 35 anos, quando engravidou. Mas ela frisa: os agudos continuam intactos. "Hoje, canto em contralto, soprano, sopraníssimo. Por isso, sou considera a ‘avis rara’ do Pantanal", brinca Tetê, que vive há mais de três décadas em São Paulo, mas sem nunca deixar o melhor de sua raiz mato-grossense de lado.

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