Tianastácia lança o álbum 'Love, Love' e não abre mão do rock’n roll

Rogério Wagner Mendes
24/06/2014 às 06:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:07
 (LUIZ COSTA)

(LUIZ COSTA)

A abertura do show do Tinastácia, domingo, no Parque das Mangabeiras, com a banda Classic, já foi um aviso para quem gosta da família Nastácia de que apesar do evento ser de lançamento do álbum “Love-Love”, carregado nas baladas românticas, não faltaria o velho e bom rock’n roll que consagrou a banda mineira. 

A própria chegada dos integrantes – Antônio Júlio Nastácia (guitarra), Beto Nastácia (baixo), Glauco Nastácia (bateria), Maurinho Nastácia (vocal e violão) e Podé Nastácia (vocal e violão) – em motos custom, abrindo caminho entre as mais de sete mil pessoas presentes, reforçou a veia roqueira do grupo, confirmada em velhos sucessos como “Cabrobó” e “Sapo Antunes”.

Ao completar 18 anos de carreira (o primeiro disco, “Acebolado”, foi lançado em 1996, mas a banca passou a ser conhecida um ano antes, no FestValda), a maioridade veio com o amadurecimento musical e a consagração de uma trajetória marcada pela irreverência e pelo bom humor, como na faixa “Love Love”, que dá nome ao CD e tem a característica de agradar a todos, até mesmo às crianças. 

Se falta rock neste novo trabalho, sobra criatividade e musicalidade, com um conjunto de músicas capaz de agradar a toda a família – o show no Parque, com pessoas de todas as idades na plateia, confirmou esse ecletismo.

Convidados

O álbum foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio Nas Nuvens, e teve direção musical e arranjos de Liminha, que participa de algumas faixas, tocando guitarra. “Love-Love” contou com o DJ Negralha, do grupo de percussão Meninas do Rio, formado por jovens de comunidades do Rio de Janeiro, e o rapper-repentista Rapadura Xique-Chico marcou presença na faixa “Quando Ela Passa a Mulherada Fica Sem Graça”. Na faixa “El Nobre Aventurero” o pandeiro é de Marcos Suzano.

Se a diversificação desse novo trabalho decepciona os admiradores do rock tocado pela banda principalmente nos primeiros CDs, por outro lado agrada pela qualidade e leveza das letras. Que fez com que as quase duas horas de duração do show no Mangabeiras fossem pouco para os admiradores do grupo. 

“Love Love” é um trabalho alegre e divertido, que pode ser ouvido sozinho ou acompanhado. A faixa “Você Me Deu Asas”, por exemplo, é uma ode ao amor e um alento para quem ainda busca o seu par. Destaque também para a regravação de “Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha o Rock and Roll”, composta em 1972 por Arnaldo Batista, Rita Lee e Liminha e gravada pelos Mutantes. 

O show, com entrada gratuita, fez parte do projeto “ClaroExperiências”. 

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