Tiradentes recebe mais uma edição do Festival ‘Artes Vertentes’

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
13/09/2014 às 14:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:11
 (Divulgação)

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Até o próximo dia 21, Tiradentes recebe a terceira edição do “Artes Vertentes” – primeiro festival de artes integradas do Brasil. Neste ano, o evento, que se limitava a ocupar as ruas e espaços da cidade histórica, traz parte da sua programação para perto do belo-horizontino.   É que dessa vez o encerramento do projeto acontece nos jardins de Inhotim, em Brumadinho. Na ocasião, um concerto, com a participação de vários artistas, apresentará obras que dialogam com as mais diversas manifestações artísticas.   Segundo o pianista mineiro (e idealizador do festival), Luiz Gustavo Carvalho, 32 anos, entre os destaques da programação estão a bailarina Jacqueline Gimenez (em solo coreografado por Rodrigo Pederneiras e o artista visual Hilal Sami Hilal), o Grupo XIX (com o espetáculo Hysteria), o compositor palestino Samir Odeh Tamimi e a exposição “Um Pequeno Olhar sobre Tiradentes” – feita pelos pequenos residentes da cidade histórica, durante ação educativa do festival desenvolvida ao longo do ano.   Desafios    O festival traz, neste ano, o tema “Quando antes for depois”, um mote que, segundo Luiz Gustavo, dialoga com toda a programação. “Trata-se de uma frase que fala do tempo, dos tempos, de metamorfoses, de inícios e fins”, explica.   Assim como boa parte dos festivais que acontecem no Brasil, o “Artes Vertentes” também não conta com o patrocínio de grandes empresas, uma ausência que dificulta a sustentabilidade do projeto.   “O festival se mantém devido à convicção dos três diretores e de um árduo trabalho feito durante todo o ano. Mesmo com reconhecimento internacional e apoio de diversas embaixadas, as últimas edições do ‘Artes Vertentes’ só aconteceram devido ao apoio e generosidade de diversos mecenas que confiam e colaboram financeiramente para mantermos o projeto em vida”, afirma Carvalho.   “A maior dificuldade continua sendo atrair a atenção de empresas para que possam patrocinar um festival. Mesmo não trazendo grandes massas para Tiradentes, pois estamos convictos que não é o tamanho e perfil da cidade, o ‘Artes Vertentes’ traz uma programação de importância singular para o cenário nacional, contribuindo com o fomento à cultura e com o intercâmbio cultural”, reitera.   Continuidade   Apesar dos muitos percalços, Luiz Gustavo garante que a edição do ano que vem já está sendo planejada. E o que o público pode esperar para a próxima edição? “Além da excelência artística, artistas que têm abertura e interesse em dialogar entre as diversas linguagens contempladas pelo festival. Assim possibilitamos o público de ver um mesmo tema retratado em diversas linguagens artísticas diferentes”.

http://www.artesvertentes.com/   “Esse conceito é inédito no Brasil. Apesar de existirem grandes festivais no país tais como o FIT e a FLIP, o foco destes festivais é bastante específico. Um dos principais papéis do ‘Artes Vertentes’ é conseguir abrir os horizontes do público e permitir a descoberta de novas linguagens artísticas”, explica.   Ainda segundo Carvalho, ao contrário das outras edições, o ‘Artes Vertes’ está levando para Tiradentes um público do Rio Janeiro, São Paulo e BH. “Muitos moradores de Tiradentes sentem o festival como deles. Estão aguardando com expectativa, e até mesmo colaboram de maneira voluntária”, comemora o pianista.

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