(Patrick Arley/Divulgação)
Não faltam motivos para que o multiartista mineiro Maurício Tizumba suba, hoje, no palco do Teatro Francisco Nunes. Na ocasião, ele celebra 60 anos de vida e 45 anos de carreira – mas ele garante, os 120 anos de Belo Horizonte e o centenário da Irmandade Os Carolinos (que ganhou uma exposição no Museu Inimá de Paula) também entram na conta da celebração, que tem entrada gratuita.
“Isso (a comemoração) é prova do sucesso e também a prova de que a gente pode continuar cada vez mais se fortalecendo”, afirma Tizumba. Para ele, a alegria ainda é maior por seguir trabalhando. “A arte dá para a gente a oportunidade de viver bem atuante, de envelhecer trabalhando”, diz o artista.
Tendo o show como parte da comemoração do aniversário da capital, o artista também destaca a alegria de permanecer na cidade. “Cheguei aos 60 anos e há muito tempo eu tive a opção de continuar em Belo Horizonte. Por isso me sinto feliz”, ressalta.
Tizumba conta que a celebração de hoje segue o padrão do tradicional “Tambores de Natal” – evento que acontece anualmente no Tambor Mineiro, local onde mantém diversas oficinas de música – mas que neste ano ganha uma nova casa. “Como estou fazendo 60 anos, veio a ideia da minha filha Júlia de a gente fazer fora do Tambor Mineiro”, lembra o artista, que garante a presença de alunos e amigos de diferentes épocas – desde as amizades e parcerias recentes às mais antigas.
Tizumba e suas raízes
Um dos ícones da cultura afro-mineira, o arista destaca a relação da cultura negra em sua carreira, que passa por diversos campos como o teatro, a música e o cinema. “Nasci dentro dessa manifestação cultural e não posso negar todas as matrizes africanas, essas que são as raizes da minha mãe, da minha avó. Sou envolvido também com o movimento negro de Belo Horizonte. Minha arte vem misturada com tudo isso”, diz.
Serviço: Mauricio Tizumba 60 anos de vida e 45 de carreira, hoje, às 20h no Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena, s/n – Centro). Entrada Gratuita