(André Fossati/divulgação)
Em 2008, o Trampulim estreou o espetáculo “Manotas Musicais” e viajou pelo Brasil, colhendo reações diversas, de acordo com a região do país. Depois de dez anos praticamente sem sair do repertório do grupo, a peça retorna aos palcos de Belo Horizonte neste sábado, com a apresentação gratuita na Praça Floriano Peixoto.
“É uma surpresa muito boa quando vemos as pessoas entendendo o espetáculo de um jeito diferente, principalmente no interior do Sul, onde diziam que o público era mais sério. Ali as pessoas se entregavam mais rápido, enquanto nas capitais o aspecto mais forte é a catarse final”, observa Poliana Tuchia, integrante do grupo.
Essa catarse se dá forma de 300 tambores que são entregues à plateia, transformada em protagonista. Ela se torna parte de uma grande orquestra regida por dois palhaços. Claro que nada dá certo. Entre uma e outra risada, o repertório musical vai de “O Trem Caipira”, de Heitor Villa-Lobos, a canções próprias do grupo.
“Quando se chega à catarse, é algo libertador. As pessoas se jogam mesmo e, dentro de um processo que parecia nunca começar, elas se veem neste lugar caótico e poderoso, com todo mundo tocando junto. A força e a integração são as mesmas que vemos no Carnaval de em Belo Horizonte”,compara Tuchia.