Trompete é tema de mais um encontro neste sábado em BH

Na década de 1990, o entorno do Palácio das Artes era ponto certo para encontro de trompetistas da cidade. “Para trocar ideias, fazer parcerias e falar desse instrumento”, lembra o músico Adriano George.
 
Atualmente, com as novas tecnologias, as conversas presenciais diminuíram, mas continuam intensas em aplicativos. “Temos grupos de conversa na internet que são muito produtivos. Mantemos viva a chama das discussões”, afirma ele, que está à frente do evento “Trompetes do Mundo em Minas Gerias”, que acontece, hoje, na UFMG.
 
Em sua segunda edição, o “Trompetes do Mundo” – curso intensivo de aperfeiçoamento musical – conta com a presença de um instrumentista do cenário internacional. “É uma forma de proporcionar um intercâmbio musical, pois, muitas vezes, o músico que está aqui (no Brasil) não tem acesso a esses grandes nomes”, diz ele, referindo-se ao norte-americano Jack Schantz, que ministra o curso desta edição, voltado para técnicas de improvisação no jazz.

Veja o convite Jack Schantz para o "Trompetes do Mundo Minas Gerais.

A primeira edição do evento contou com quase 400 participantes. Para hoje, foram disponibilizadas 640 vagas, gratuitas. “Mesmo quem não fez a inscrição no site pode ir e participar. Inclusive saxofonistas e músicos que trabalham com outros instrumentos”, afirma Adriano.
 
Celeiro de talentos
 
O projeto é um embrião de uma iniciativa de espectro mais amplo. “A intenção é levar o projeto aos oito conservatórios do Estado, e abrir para outros instrumentos, como o trombone. Queremos que funcione como uma capacitação de músicos da nova geração”, adianta.
 
Há 23 anos atuando em Minas, Adriano – que neste projeto tem a parceria do programa “Música Minas” – afirma que o Estado é um celeiro de bons trompetistas. “Com essa tradição de bandas de música, Minas possui muitos trompetistas, e BH também. Tem gente demais que toca na cidade”, comenta ele, que cita alguns nomes como José Geraldo Fernandes, João Vianna, Paulo Márcio e o maestro Sílvio César.
 
Para o músico, o instrumento exerce um inegável fascínio sobre as pessoas, pois sua frequência é de fácil assimilação. “Seja em uma orquestra ou acompanhado de um piano, o trompete é o primeiro instrumento que as pessoas reconhecem ao ouvir. Seu som é muito marcante”.
 
- A primeira edição contou com o norte-americano Jesse McGuire, que já tocou ao lado de Stevie Wonder e Paul Simon.
 
“Trompetes do Mundo”

Hoje, às 10h, no Auditório CAD 1 – UFMG (av. Presidente Antônio Carlos, 6627, Pampulha). Gratuito.

Assista outros trompetistas:

Miles Davis

Arturo Sandoval

Clifford Brown