Um disco para o amor de Raquel e Sergio Saraceni

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
29/06/2015 às 06:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:40
 (Daryan Dornelles)

(Daryan Dornelles)

Mais do que o primeiro álbum de uma carreira, “O Tempo Me Guardou Você”, de Raquel Saraceni, é o resultado de uma história de amor. O disco foi feito pela cantora no Brasil, após 20 anos vivendo em Paris. Foi concebido depois do casamento com o músico e produtor Sergio Saraceni.
Para todo mundo entender, melhor começar a história do princípio: Raquel começou a trabalhar com teatro, vídeo e música aos 17 anos no Teatro Oficina, em São Paulo. Quando Fernando Collor assumiu o poder, percebeu que era hora de mudar: em 1991, foi para a França, onde nasceram seus avós. Lá trabalhou na área de turismo, estudou cinema na Sorbonne e integrou um trio de jazz.
Em 2012, ela reencontrou um amor da juventude e sua vida foi transformada. “Nos conhecemos quando eu tinha 20 anos e nos perdemos de vista por outros 20 anos, sem nos dar conta de que tínhamos sido feitos um para o outro. Eu vivendo na França, ele no Brasil. Tivemos, cada um do seu lado, vários casamentos e separações em busca da felicidade”, conta.
Presente
O casamento com Sergio permitiu que Raquel voltasse a morar no Brasil e investisse na carreira musical – tanto que o marido, experiente nome das indústrias da música e da televisão, assina a produção e direção musical do álbum.
Segundo ela, todo o conceito do trabalho teve início com a música “O Tempo Me Guardou para Você”, de Ivan Lins. “Essa música é a nossa cara, a nossa história, sem tirar nem por. Essa música puxou a segunda, também do Ivan, chamada ‘Acaso’”, conta a cantora, que ganhou ainda outras duas composições inéditas de Lins: “Um Gesto Qualquer de Carinho”, com letra e música dele, e “Samba de Vison” em parceria com Michel Legrand, com letra de Cláudio Lins.
No repertório estão ainda duas músicas de Dori Caymmi, uma do Gilberto Gil, uma da Rosa Passos e duas do maridão.
Com disco em mãos, a cantora começa a investir na divulgação. Fez dois videoclipes (que ainda não foram postados no seu site), um ambientado em Paris e outro no Rio de Janeiro, onde mora atualmente e se sente à vontade.
“A França foi um país de acolhimento formidável, mas sempre procurei não me apegar e sempre tive o sentimento de que voltaria um dia”, afirma Raquel, que acredita ser possível ter qualidade de vida no Brasil. “O clima, o calor humano do nosso povo, a nossa cultura vibrante não tem par, a meu ver”.
Ouça em raquelsaraceni.com

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