Um lugar do Brasil onde faz frio e até neva

Que neve é um fenômeno raro aqui no Brasil, já é de conhecimento geral. Mas dizer que nunca neva no nosso país também está fora da realidade. Em algumas poucas regiões ocorre uma precipitação razoavelmente regular de neve durante o inverno, até mesmo no outono, estação na qual nos encontramos.

Os mais céticos, como um amigo meu que vive no Canadá, dizem que não há neve no Brasil. “Tem geada, no máximo”, dizia.

Tudo bem. Neve mesmo, em grande volume, como se vê no Hemisfério Norte ou mesmo nas regiões montanhosas dos nossos vizinhos Chile e Argentina, realmente não temos. Mas a neve, de vez em quando, dá o ar da sua graça sim, em uma pequena, reduzida região do Sul do Brasil, em quantidade suficiente para as pessoas até fazerem pequenos bonecos e pequenas “guerras” de bolas de neve.

Estamos falando da região serrana de Santa Catarina, onde estão as cidades de São Joaquim e Urubici, as mais frias do Brasil.

Caçadores de neve

É para lugares como São Joaquim e Urubici, na serra catarinense, que nossos bravos “caçadores de neve” se dirigem todo ano, na esperança (muitas vezes frustrada) de conseguir vislumbrar a neve nos trópicos.

E, claro, essas regiões fazem de tudo para manter essa ideia acesa, com muita propaganda. Sempre que há possibilidade forte de neve nesses locais, há grande veiculação na mídia e, em consequência, as pousadas ficam lotadas e a economia, aquecida – não apenas pelas lareiras.

A neve ainda não deu o ar da graça no Sul do país neste outono, mas a expectativa é a de que ela caia novamente neste ano na região serrana de Santa Catarina, assim como no Rio Grande do Sul (especialmente na região dos cânions de Aparados da Serra e Cambará do Sul). Esperem chegar o inverno, no final de junho.

Aliás, um passeio muito bacana que se pode fazer (principalmente se você tiver alugado um carro) é ir do Rio Grande do Sul a Santa Catarina pela Serra Geral, passando por Nova Petrópolis, Gramado, Canela, São Francisco de Paula, Cambará do Sul e o Parque dos Aparados da Serra, atravessando para o território catarinense, chegando a Bom Jardim da Serra e às cidades mencionadas nesta reportagem. O caminho inverso também é bastante interessante.