Uma baleia transforma a vida de solitário garoto

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
08/12/2014 às 08:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:18
 (Paz e Terra/Divulgação)

(Paz e Terra/Divulgação)

  Quando a mensagem é bacana, nem é preciso gastar muito com palavras. Um bom exemplo está em “Leo e a Baleia”, um adorável livro que acaba de chegar nas prateleiras de livrarias, com a chancela da editora Paz & Terra. O Leo do título é um garoto muito fofo que, ficamos sabendo nas primeiras páginas, mora com o pai fortão e mais seis gatos numa casa à beira do mar. Bem, até aqui, não ficamos sabendo onde de fato está sua mãe. Fato é que o garoto acaba sendo um solitário, uma vez que seu pai sai todos os dias cedinho, de barco, para pescar.    Sim, os gatos até são uma boa companhia, mas insuficiente para preencher as longas horas deste nosso herói. Até que, um belo dia (ou nem tão belo assim), uma tempestade cai. E varre tudo ao redor da casa. Na manhã seguinte, Leo vai ver o que aconteceu de fato – e não é que acaba avistando algo diferente? Ao se aproximar do “objeto estranho”, ele se depara com um filhote de baleia encalhado no areia. E, sim, Leo sabe muito bem que baleias não gostam de ficar muito tempo fora d’água.   Rápido e rasteiro, ele trata de levar o bichinho para casa. Bem, é o que ele pode, e sabe, fazer.   Sob o olhar curioso e arguto dos gatos, ele instala o mais novo habitante da casa na banheira... Problema é se seu pai descobrir. Leo bem que tenta disfarçar, mas, claro, uma baleia não é algo assim, tão fácil de esconder.   E é então que o pai pescador percebe que há algo estranho no comportamento de seu guri. Ao se deparar com o cetáceo no banheiro, é hora de tomar uma iniciativa. Que, claro, não vai ser a opção que Leo planejava...   Bem Maior   Mas o bacana é que há uma mensagem por trás da ação do pai. Mesmo não agradando ao nosso (já) querido Leo. O importante, ressalta o texto, que tem tradução de Marília Garcia e que é valorizado pelos belos traços de Davies; é que, às vezes, as atitudes que devemos tomar na vida podem não nos deixar inteiramente satisfeitos, mas o importante é saber que há um bem maior em questão, e que nossa vontade não pode ser, assim, sempre imperativa.    Em tempo: Benji Davies, o ilustrador e escritor que passamos a admirar a partir desta obra, mora em Londres e trabalha com ilustração de livros e curtas-metragens de animação para gerar clipes e comerciais. Se você também se encantou, a dica é acessar o site do moço: benjidavies.com, para saber um pouco mais sobre ele.

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