Nas mãos da Unesco

Vale do Peruaçu: título de patrimônio natural pode turbinar turismo em até 30% no Norte de Minas

Reconhecimento internacional deve impulsionar economia e valorizar cultura local em municípios do Médio São Francisco

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
08/07/2025 às 18:03.
Atualizado em 08/07/2025 às 20:39
Expectativa é de que o número de visitantes no Vale do Peruaçu cresça até 30% caso o título de Patrimônio Mundial Natural da Unesco seja aprovado neste fim de semana. (Manoel Freitas/ Jornal O NORTE)

Expectativa é de que o número de visitantes no Vale do Peruaçu cresça até 30% caso o título de Patrimônio Mundial Natural da Unesco seja aprovado neste fim de semana. (Manoel Freitas/ Jornal O NORTE)

A possibilidade do Vale do Peruaçu, no Norte de Minas, receber o título de Patrimônio Mundial Natural da Humanidade pela Unesco pode alavancar o turismo na região. Estudos comparativos com outros sítios já reconhecidos no Brasil indicam que o número de visitantes pode crescer até 30% nos três primeiros anos após a chancela internacional.

Segundo o Governo de Minas, o impacto direto será sentido nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, além de toda a região do Médio São Francisco, com geração de emprego, estímulo à economia local, atração de investimentos em infraestrutura e fortalecimento do turismo de base comunitária.

A expectativa é que o reconhecimento internacional também valorize os modos de vida tradicionais, em especial de comunidades quilombolas e do povo indígena Xacriabá, que habitam o entorno do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.

Destino arqueológico e ecológico

Além de fomentar o ecoturismo, o título deve consolidar o Peruaçu como destino estratégico para o turismo arqueológico, cultural e indígena. O parque abriga cavernas monumentais, sítios de arte rupestre de mais de 12 mil anos e a maior estalactite do mundo, a "Perna de Bailarina", com 28 metros.

A candidatura do Vale do Peruaçu está sendo avaliada durante a 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em Paris, com previsão de deliberação neste fim de semana. Se aprovada, será o primeiro Patrimônio Natural de Minas. Em 2024, o Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

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