Reconhecimento internacional deve impulsionar economia e valorizar cultura local em municípios do Médio São Francisco
Expectativa é de que o número de visitantes no Vale do Peruaçu cresça até 30% caso o título de Patrimônio Mundial Natural da Unesco seja aprovado neste fim de semana. (Manoel Freitas/ Jornal O NORTE)
A possibilidade do Vale do Peruaçu, no Norte de Minas, receber o título de Patrimônio Mundial Natural da Humanidade pela Unesco pode alavancar o turismo na região. Estudos comparativos com outros sítios já reconhecidos no Brasil indicam que o número de visitantes pode crescer até 30% nos três primeiros anos após a chancela internacional.
Segundo o Governo de Minas, o impacto direto será sentido nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, além de toda a região do Médio São Francisco, com geração de emprego, estímulo à economia local, atração de investimentos em infraestrutura e fortalecimento do turismo de base comunitária.
A expectativa é que o reconhecimento internacional também valorize os modos de vida tradicionais, em especial de comunidades quilombolas e do povo indígena Xacriabá, que habitam o entorno do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu.
Além de fomentar o ecoturismo, o título deve consolidar o Peruaçu como destino estratégico para o turismo arqueológico, cultural e indígena. O parque abriga cavernas monumentais, sítios de arte rupestre de mais de 12 mil anos e a maior estalactite do mundo, a "Perna de Bailarina", com 28 metros.
A candidatura do Vale do Peruaçu está sendo avaliada durante a 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, em Paris, com previsão de deliberação neste fim de semana. Se aprovada, será o primeiro Patrimônio Natural de Minas. Em 2024, o Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.