(divulgação)
Minas Gerais é o maior produtor de cachaça alambique no país. De acordo com dados do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça e Euromonitor (CBRC), divulgados em 2019, o Brasil movimenta cerca de R$ 7,5 bilhões da bebida em sua cadeia produtiva todo ano.
De acordo com José Lúcio Mendes, promotor da ExpoCachaça, que acontece na Serraria Souza Pinto, em BH, e termina neste domingo (29), em consumo, esse índice representa, aproximadamente 6,29 litros per capita. Para dar conta da demanda, são milhares de produtores de cachaça e mais de 4 mil marcas em solo nacional.
Com tanta variedade, a bebida é coringa em diversas receitas, seja de drinks, seja de comidas, especialmente as mineiras.
O Hoje em Dia foi atrás de chefs e especialistas que compartilharam algumas receitas e dicas especiais sobre a bebida para você aproveitar esse produto que é intrinsecamente mineiro.
Confira:
O mixologista Tiago Santos é uma das principais autoridades no cenário da coquetelaria mineira. Ele afirma que a cachaça é um destilado incrível e, quando bem utilizada, produz uma experiência que se torna única. “E não estamos falando somente em caipirinhas, mas em receitas mais ousadas dentro do universo dos coquetéis”, garante.
Com mais de 15 anos de experiência no mercado, Tiago já esteve à frente dos principais balcões de coquetéis de BH e região. Ele conta que, cada vez mais, o destilado vem ganhando adeptos. Segundo ele, para quem quer se aventurar no universo dos coquetéis, um bom começo é entender as variedades da bebida.
Para ara facilitar o entendimento, o especialista lista algumas especificidades das cachaças:
Branca/Prata
Tendem a ser mais frescas com características bem próximas da cana-de-açúcar em evidência. Também podem permanecer em contato com madeiras (jequitibá, amendoim), por um curto período sem adquirir coloração e adicionando aromas e sabores à cachaça.
Amarela ou ouro
São cachaças que envelhecem ou descansam em madeiras. E cada uma delas tem sua história para contar. No caso de madeiras com a amburana e o carvalho a bebida vai ficar marcada com o adocicado e um leve toque de baunilha.
Quanto mais tempo envelhecendo mais a cachaça adquire a característica da madeira escolhida, como a cor, o sabor e o aroma. “Se você não gosta de tomar cachaça pura, mas gosta de tomar caipirinha e quer entender melhor sobre essas diferenças, faça a sua caipirinha com uma cachaça branca e outra com a envelhecida e veja a diferença e a que mais agrada seu paladar”, sugere Tiago.
Thiago Santos ainda dá dicas de receitas super práticas de drinks feitos a partir de uma boa cachaça:
No supermercado, compre: suco de cranberry, chá mate pronto de pêssego ou tradicional, limões, gengibre, hortelã e gelo.
1ª receita
2ª receita
Beba sempre com canudo.
Cachaça na comida
A cachaça é uma bebida muito democrática e se harmoniza perfeita com vários pratos da gastronomia mineira, segundo a chef Michelle Pires. Para a especialista, seja branca ou envelhecida, a bebida combina muito com a carne de porco, muito presente em vários pratos mineiros.
Entretanto, o que muita gente não sabe é que a bebida é bastante utilizada também na massa do tradicional pastelzinho, muito apreciado nas feiras e comumente degustado com o caldo de cana. “Na massa dos pastéis de feira, a função da cachaça é deixá-los crocantes”, explica Michelle Pires.
A chef desenvolveu uma receita que vai agradar ao paladar dos amantes da comida mineira e ao mesmo tempo dos apreciadores da bebida, a costelinha na trouxinha de taioba. “A cachaça é o ingrediente que vai ajudar a criar uma comida bem aromática e especial”, ensina a chef.
Receita: Costelinha na trouxinha de taioba
Para o ragu de costelinha com cachaça
Ingredientes:
Modo de fazer:
Para trouxinha de taioba
Ingredientes:
Modo de preparo:
Montagem do prato
Disponha o angu, a trouxinha recheada com o ragu de costelinha com cachaça, regue com o molho do cozimento. Decore com flores comestíveis