(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)
A diversidade de sons, tribos e estilos convivendo em harmonia marcou a terceira edição da Virada Cultural de Belo Horizonte, que começou no sábado e termina na noite deste domingo. Nem a chuva, que deu o ar da graça no domingo – e muito trabalho para a organização do evento –, foi capaz de espantar o entusiasmo do público.
Atração mais esperada, o Sepultura, banda que nasceu em BH, se apresentou na noite de sábado e levou cerca de 50 mil pessoas à Praça da Estação e entorno. A estimativa é que 500 mil pessoas tenham passado pelos 18 palcos montados na cidade durante as 24 horas de evento.
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“As ruas foram tomadas, foi um mar de gente na Praça da Estação. O evento foi pensado para todos os gostos, do erudito ao rock”, diz a diretora da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Simone Araújo. De acordo com ela, a experiência de chuva, que acabou atrasando alguns eventos, serviu para preparar melhor as próximas edições. “Vamos aprendendo e nos adaptando. Não esperávamos chuva”. O fechamento da Virada ficou por conta da banda de pagode Molejo.
O último dia do evento foi tomado pelos blocos. “Juventude Bronzeada”, “Me Beija que Eu Sou Pagodeiro” e “Baianas Ozadas”, sucessos do Carnaval belo-horizontino, que arrastaram centenas de pessoas do bairro Floresta até a Guaicurus, no Centro. Regente de caixa do “Juventude Bronzeada”, a arquiteta Bárbara Palhares, 31 anos, virou a madrugada, como o nome do evento sugeria, e aproveitou o festival do início ao fim. “Foi sensacional. Fui encontrando os amigos e circulando por diversos locais”.
A Virada Cultural reuniu mais de 600 atrações musicais, teatrais, infantis e outras intervenções artísticas neste fim de semana, com programação simultânea. A Polícia Militar não divulgou balanço de ocorrências no evento.
Confira galeria com imagens do evento:
Público animado
A programação da Virada Cultural vai terminando, no fim da tarde deste domingo, mas o público continua animado, dançando e cantando pelas ruas de Belo Horizonte. No Centro, mesmo com a chuva que voltou a cair, centenas de pessoas acompanham o bloco “Baianas Ozadas”, sucesso do carnaval belo-horizontino.
Mais cedo, os blocos “Juventude Bronzeada” e “Me Beija que Eu Sou Pagodeiro” animaram o palco considerado mais “cult” do festival, na rua Guaicurus. A analista de projetos Nathalia Heringer, 28 anos, preferiu poupar as energias no sábado (12) para curtir a programação da Virada neste domingo. "Acordei cedo e vim acompanhar os blocos na Guaicurus".
Já o estudante Wesley Rodrigues, 22, e a arquiteta Bárbara Palhares, 31, regente da bateria do “Juventude Bronzeada”, optaram por virar a noite, como o nome do evento sugere. “Foi maravilhoso. Há muito tempo não aproveitava tanto. A ideia de ocupar o Centro da cidade e essa mistura de público é sensacional”, disse Wesley.
A farmacêutica Jamile Barboza, 38 anos, e o analista de sistemas Randel Ferreira, 38, levaram a filha Antonella, de 5, para assistir a apresentação da banda de forró “Boneco de Pano” no palco Sesc Palladium, montado na rua Rio de Janeiro. "A virada nos surpreendeu positivamente. Segurança, organização, estrutura, tudo muito bom. Ontem assistimos ao show do Chitãozinho e Xororó, na Pampulha, e hoje resolvemos voltar", elogiou Jamile.
Na Praça Sete, o chorinho contagiou o público. A estudante Mariana Augusto, 23 anos, conheceu o professor de dança Márcio cubano, 45, no evento e aproveitou para aprender novos passos. "Esses eventos são muito importantes para BH, porque promovem encontros. Do negro com o branco, do rico com o pobre. Não há distinção", destacou Cubano. Debaixo do Viaduto Santa Tereza, o hip hop foi o estilo celebrado. No local, além de apresentação de Djs, o público assitiu jogos de basquete de rua.
De acordo com a organização do evento, estimativas da Polícia Militar e da Guarda Municipal dão conta de que o show do Sepultura, que aconteceu na noite desse sábado, foi o que reuniu mais público até o momento. “Na Praça da Estação e no entorno, acreditamos que cerca de 50 mil pessoas assistiam ao show”, afirma a diretora da Fundação Municipal de Cultura, Simone Araújo.