A programação da primeira Virada Cultural de Belo Horizonte atraiu cerca de 200 mil pessoas, segundo estimativa da Fundação Municipal de Cultura. Não houve incidentes e ocorrências policiais de destaque, mesmo sem um grande efetivo de policiais militares circulando pelos palcos. “A cidade ficou feliz. O público da Virada veio em busca de diversão e arte. Veio em paz”, afirmou Simone Araújo, organizadora do evento. O único incidente na produção da Virada Cultural foi um problema em um dos quatro geradores do palco montado na Praça da Estação, antes do show de Elba Ramalho, no sábado (14). Por causa disso, houve um grande atraso na programação – as atrações da madrugada de domingo (15) tiveram seus shows encurtados. O trânsito foi um problema – especialmente para quem não estava interessado na Virada. Várias vias da região Centro-Sul ficaram engarrafadas nas tardes de sábado e domingo. Domingo Durante a manhã de domingo, quem foi ao Parque Municipal passear aproveitou a programação da Virada Cultural. Foi o caso da aposentada Marlene Alves da Silva, 47 anos, que não sabia da Virada Cultural, mas não resistiu à discotecagem da Vinyl Land e dançou. “É uma ótima maneira de esquecer os problemas”. A assistente social Efigênia Rodrigues, 48 anos, foi às compras na Feira da Afonso Pena e depois conferiu os shows no Parque Municipal. Assistiu primeiramente a uma atração do Festival Internacional de Corais e depois seguiu para o palco onde se apresentava o argentino Pablo Passini. “Está sendo muito bom. Tem opções para todos os gostos”. Alguns jovens circularam por vários espaços e dormiram pouco para aproveitar o máximo possível a Virada Cultural. O estudante Matheus Ligeiro, 22 anos, passou no sábado pela Praça da Estação, viaduto Santa Tereza, Parque Municipal e Mercado das Borboletas. Às 11h de domingo, já estava na Praça da Liberdade e ao meio-dia desceu para o viaduto Santa Tereza. “Quero ficar até o último show”, afirmou.