Epidemia de dengue pode provocar queda de R$ 5,7 bilhões no PIB em Minas
Perda de produtividade por gerar um choque na produção de R$ 1,6 bilhão no Estado
Casos confirmados da doença na capital passam de 78 mil (Marcelo Camargo / Agência Brasil)
A epidemia de dengue - que já causou 44 mortes em Minas, com 144 mil casos - impacta diretamente na economia. Estimativa divulgada nesta segunda-feira (4) pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) aponta um prejuízo de até R$ 5,7 bilhões no Estado em 2024. No Brasil serão R$ 20 bilhões.
São considerados os custos com tratamento para a dengue, chikungunya e zika (R$ 1,9 bilhão) e os efeitos sobre a produtividade no trabalho (R$ 3,8 bilhões).
O Ministério da Saúde estima 4,2 milhões de casos para 2024 no país. Como Minas detém, atualmente, 37% desse total, estima-se que serão 1,5 milhão de casos até o fim do ano.
De acordo com o levantamento, 60% das pessoas infectadas correspondem à população economicamente ativa. Segundo a Fiemg, 71 mil postos de trabalhos podem ser afetados pela epidemia em Minas.
Os impactos econômicos e sociais, além da redução da atividade econômica, se devem à queda no PIB per capita, de ofertas de emprego e perda de renda.
A perda de produtividade por gerar um choque na produção de R$ 4,4 bilhões no Brasil e de R$ 1,6 bilhão em Minas.
A produção média de um trabalhador em Minas corresponde a R$ 292,11. Com isso, um afastamento de sete dias significa perda de R$ 2.044,70. De acordo com os dados apresentados pela Fiemg, o custo médio do tratamento por paciente é de R$ 1.227,90, de acordo com um trabalho de 2020 corrigido pela inflação.