A venda de cervejas segue sendo a principal polêmica da Copa do Mundo no Catar. Neste domingo (20), durante o intervalo da partida entre o time anfitrião e a seleção do Equador, jogo que marca a abertura do mundial, torcedores do time sul-americano se manifestaram contra a organização do torneio que proibiu a venda da bebida com álcool nos arredores dos estádios. O grito de 'queremos cerveja' foi entoado nas arquibancadas.
A decisão polêmica foi anunciada na última sexta-feira (18), quando o governo do Catar voltou atrás e proibiu a venda de bebidas alcoólicas no entorno dos estádios. A informação contraria decisão divulgada pela Fifa e pelo comitê organizador no início da semana, de que haveria venda de cerveja no entorno dos estádios.
Conforme o governo local, o consumo de bebida alcoólica será limitado à área conhecida como Fan Festival, entre 19h e 1h. Nos estádios, álcool só em camarotes.
Entre os torcedores, a notícia repercutiu mal e o Catar foi alvo de críticas de turistas de diversos países. Diante da polêmica, a cervejeira Budweiser, que tem contrato de exclusividade para comercialização de bebidas no Mundial, anunciou que vai dar o estoque que está no país do Oriente Médio para a nação que vencer o torneio da Fifa.
Preço 'salgado'
Além da restrição do consumo, os torcedores que prestigiam a Copa do Mundo no Catar ainda terão que desembolsar pouco mais de 14 dólares (cerca de 75 reais) por uma cerveja no torneio. O valor é considerado o mais caro já cobrado durante a competição.
Também haverá um limite de quatro bebidas por pedido, em meio a temores de que alguns torcedores possam beber demais. Isso porque, o álcool é geralmente restrito no Catar, um país muçulmano conservador.
Correspondente do Hoje em Dia no Catar, o jornalista Chico Maia esteve em um dos locais de venda oficial de cerveja e confirmou o alto preço cobrado por um copo da bebida.