Instituição prepara projeto para unir a tradição com a modernidade
(Arquivo Faculdades Kennedy)
A Escola de Engenharia das Faculdades Kennedy, em Belo Horizonte, chega aos 60 anos com mais de 17 mil alunos formados. Nascida em uma época de grandes transformações políticas e sociais, a instituição se consolidou como uma das mais respeitadas do país, colocando no mercado de trabalho profissionais qualificados e atuantes. Até dezembro, a meta é dobrar o número de alunos na graduação e ampliar os serviços gratuitos prestados à comunidade.
A primeira graduação da faculdade - que hoje também se destaca em várias áreas com os cursos de Enfermagem, Nutrição e Medicina Veterinária, dentre outros - foi inspirada no modelo da Escola de Engenharia Civil norte-americana, em 1964. O nome foi escolhido para homenagear o presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy.
Em 1964, a Escola de Engenharia da Kennedy funcionava na avenida Amazonas (Arquivo Faculdades Kennedy)
De lá pra cá, apesar das transformações ao longo dos anos, a escola manteve a mesma essência, a de formar alunos com excelência. Para isso, o aprendizado oferecido é focado em atividades práticas: são nove laboratórios montados para mostrar aos alunos o que a profissão exige.
"O curso visa a preparação completa dos alunos para o mercado. Temos laboratórios com materiais de construção, saneamento, parte elétrica, hidráulica, dentre outros", explica a professora Vera Lúcia Vieira de Araújo, do Núcleo de Acompanhamento de Egressos (NAE).
Uma das atividades práticas mais importantes tem relação com o compromisso social da Kennedy. Alunos e professores se unem para solucionar problemas da comunidade por meio do Núcleo de Projetos de Engenharia, que presta serviços gratuitos.
Com potencial para crescer e levar cada vez mais profissionais qualificados a atuar no mercado, a Escola de Engenharia visa metas importantes para 2024. Segundo Valéria Oliveira, atualmente são cerca de 200 alunos no curso. Mas a instituição quer chegar a 400.
"Diariamente, empresas nos procuram pedindo indicações de estagiários e engenheiros. Isso é reflexo do retorno das atividades econômicas, após um período difícil durante a pandemia. O mercado precisa de bons profissionais e nós podemos oferecer", acrescenta a professora, que atua na instituição desde 1998.
(Maurício Vieira)
Transformação
Fundada em 7 de março de 1964, a Kennedy surgiu após um grupo de professores se unir para fundar a Escola de Engenharia Civil, dando ênfase à Engenharia de Transportes. Naquela época, o Brasil vivia o "milagre econômico", com taxas de crescimento acima de 10% ao ano, e necessitava de engenheiros.
Inicialmente sediada na avenida Amazonas, na região Oeste, as Faculdades Kennedy receberam a doação de um terreno da Prefeitura de Belo Horizonte na rua José Dias Vieira, no bairro Rio Branco, em Venda Nova, onde está até hoje.
Atualmente, o edifício tem instalações distribuídas em quatro andares, com salas de aula modernas e bem equipadas, laboratórios, biblioteca, auditório, áreas de convivência e estacionamento para professores e alunos.
Novos projetos
Com seis décadas de história e de olho no futuro, a Escola de Engenharia prepara um projeto para unir a tradição e a trajetória de sucesso das Faculdades Kennedy com a modernidade. A ideia é oferecer, cada vez mais, novas tecnologias aos alunos, conforme adiantou o diretor da instituição, Júnior Lopes.
Com mais de 20 anos dedicados à Kennedy, Júnior destaca que a faculdade está atenta às transformações avassaladoras da sociedade. Segundo ele, o projeto visa a atender as novas gerações, sempre conectadas ao mundo digital.
Diretor da instituição, Júnior Lopes (Valéria Marques)
Celebração
Nesta quinta (7), às 19h30, uma solenidade na sede da Escola de Engenharia Kennedy, em Venda Nova, celebra a história da instituição. Um vídeo será exibido com imagens históricas, além de depoimentos de professores e ex-alunos. Também será instalada uma placa comemorativa dos 60 anos.