Representadas por peças de valor material ou afetivo, as coleções não precisam ser retiradas de circulação nem ficar escondidas no “quartinho da bagunça”. Pelo contrário! Podem – e devem, se for esse um desejo do dono da casa – ser distribuídas pelos cômodos e ganhar destaque na decoração.
O segredo é harmonizar o acervo com os demais itens do ambiente, caprichando nos móveis que irão recebê-los, na iluminação, direta ou indireta, e, mais importante: limitando a quantidade de objetos expostos para garantir um conjunto original e, acima de tudo, harmonioso.
A dica número um é escolher a “vitrine” conforme o tipo de objeto colecionado e o destaque desejado dentro de casa. Opções perfeitas para cozinhas, as canecas foram a escolha da dentista Mariana Pinho, que tem 70 peças compradas em viagens pelo mundo.
Até sacolas de grifes podem ser dispostas no closet, assim como bonecas e outros itens mais pessoais, e carrinhos ficam bem distribuídos nos quartos. Importante é que os objetos façam sentido no contexto onde serão colocados.Henrique Queiroga
NO QUARTO - Apenas alguns exemplares de carrinhos de Fórmula 1 foram escolhidos para ganhar destaque na cabeceira da cama
A altura dos móveis é outro fator a ser levado em conta, reforça a arquiteta Simone Rocha. “Mesas de centro e móveis mais baixos desvalorizam itens muito pequenos, que acabam passando despercebidos por ficarem abaixo da linha do olhar”, ensina.
Para esses casos, a sugestão da arquiteta são prateleiras ou estantes suspensas, que não tomam espaço, mas organizam bem e são altamente funcionais. Henrique Queiroga/Divulgação
VARANDA GOURMET - Placas retrô foram estrategicamente posicionadas na parede do barzinho; ideia é equilibrar com a atmosfera do ambiente
Modelo e material dos móveis que receberão as peças também contam na hora de planejar o espaço. Objetos que acumulam poeira e, por isso, requerem limpeza frequente, como louças e cristais, devem ser guardados em armários fechados.
Já objetos mais volumosos e dispostos em menor quantidade podem ser distribuídos em estantes, nichos ou sobre aparadores. Osvaldo Castro/Divulgação
NO CLOSET - De valor afetivo Barbies ganharam cantinho especial no espaço mais íntimo da casa
Menos é mais!
Fundamental ficar de olho também na quantidade de itens à mostra. Lembre-se da regra de ouro: menos é mais.
“Adorno é o que vem para complementar. Se a pessoa entra na casa e vê coleção para todo lado tem a sensação de estar num antiquário ou loja de adorno”, alerta a profissional, lembrando a importância de mesclar lugares ocupados de vazios.
Ideal, segundo ela, é eleger alguns itens e alternar as peças expostas de tempos em tempos. Desta forma, é possível manter a leveza do espaço sem sobrecarregar o restante da decoração.
Na opinião da designer de interiores Fabiana Visacro, quem gosta de coleções à vista deve manter as peças agrupadas. Objetos de um mesmo conjunto espalhados pela casa podem, segundo ela, acabar perdidos ou provocar sensação de ambiente bagunçado.
“Primeira coisa é ficar em um lugar que seja importante para o dono da casa e da coleção. A segunda é terem um cantinho especial e o destaque que merecem”, diz a especialista.Flávio Tavares
NA COZINHA - Canecas de porcelana foram distribuídas harmonicamente em prateleiras de vidro
Cinco regras básicas:
1- Não faça da coleção um acervo de bugigangas. Organize-a, garantindo harmonia visual e mantendo a limpeza em dia.
2- Nem tudo o que você gosta precisa ser exposto para todos! Alguns objetos devem ser mantidos em locais mais íntimos: aproveite o closet e o quarto.
3- Capriche nos móveis que receberão as peças. Objetos que acumulam poeira devem ser guardados em locais fechados. Cristaleiras são uma boa pedida!
4- Por maior que seja o espaço disponível, deixe sempre vazios visuais que tornam a apreciação mais agradável e deixam o ambiente organizado.
5- Se a coleção for muito grande, selecione algumas peças ou distribua-as pela casa em pequenas “porções”.