Tradição e modernidade na Semana da Gastronomia

Felipe Tavares*
territorios@hojeemdia.com.br
10/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:13

Com uma intensa programação, comemorou-se, nos últimos dias, a Semana da Gastronomia Mineira. O evento termina hoje com a degustação de um prato criado por estudantes de cursos de Gastronomia no Mercado Central, local que serviu também como ponto de partida para uma caminhada em prol da valorização e manutenção da nossa cultura alimentar.

O evento, organizado pelo Instituto Eduardo Frieiro em parceria com a Frente da Gastronomia Mineira (FGM) agitou a cidade e mobilizou poder público, empresas privadas, chefs e estudantes de Gastronomia.

Muito mais que um evento, iniciativas como esta, mostram o quão profissional nossa gastronomia tem se tornado. Se antes, nós mineiros, éramos reconhecidos pelo pão de queijo, frango com quiabo ou goiabada, hoje somos vistos e valorizados como um Estado que respira gastronomia e que faz dela um produto para exportação.

Fator determinante para que continuemos nesta ótima safra é a união do setor. Desde o surgimento da FGM em 2014 e de outras iniciativas como a Associação Mineira de Gastronomia (AMIGA) fazem com que toda a cadeia produtiva do setor converse entre si e defina, em conjunto, formas de valorizar e apoiar iniciativas por todo o Estado.

Diferentes de outros estados que são reconhecidos por pratos típicos, em Minas Gerais temos uma cultura alimentar que atravessa gerações e que, com um esforço conjunto de profissionais do setor, vai se perpetuando através dos anos.

Aqui, a tradição e modernidade caminham lado a lado e novos caminhos são abertos através desta mescla de sabores e experiências. A exemplo disto, foram os agraciados com o Prêmio Eduardo Frieiro na última terça-feira no Museu de Arte da Pampulha.

Se de um lado vimos eventos tradicionais, como os festivais de Congonhas, Barão de Cocais e Paracatu sendo premiados, do outro, vimos a nova geração também sendo reconhecida por todos do mercado. Nossas cervejas, cachaças e cafés se tornaram com muita pesquisa, inovação e tecnologia, produtos reconhecidos e premiados internacionalmente.

Caso você não tenha participado de nenhuma atividade da Semana da Gastronomia, ainda há uma chance.

No dia 5 de julho – Dia da Gastronomia Mineira – foi lançado também o circuito da Gastronomia Temática que vai até o dia 30 de julho. Nele, cinco restaurantes da capital foram desafiados a criarem pratos exclusivos representando os cinco terroirs (territórios) mineiros, são eles: Cerrado, Central, Mantiqueira, Cozinha dos Rios e do Espinhaço. 

As condições climáticas, vegetação e, claro, a cultura alimentar de cada região fazem com que estas cidades tenham ingredientes bem específicos e modos de preparo que se diferenciam.

Utilizando como base as pesquisas publicadas e centenas de viagens realizadas pelo chef Eduardo Avelar através dos Territórios Gastronômicos, as criações dos chefs nos surpreendem mesclando sabores tradicionais com pitadas de inovação e nos mostram, mais uma vez, que Minas Gerais é o Estado da Gastronomia. Mais informações acesse o site institutoeduardofrieiro.com.br.

Coordenador de curso na Faculdade UNA e membro da Frente da Gastronomia Mineira

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