Riscos à saúde

Especialista alerta sobre cuidados com o tempo seco e baixa umidade do ar

Último Libânio da Costa, fala sobre cuidados com a saúde e medidas que devem ser adotadas para amenizar os sintomas como ressecamento nasal

Publicado em 19/06/2024 às 10:26.
 (Hoje em Dia)

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta quarta-feira (19) que mais de 700 municípios mineiros estão em alerta para tempo seco e baixa umidade do ar, entre 30% e 20%. Essa condição é comum nesse período do ano, que marca o fim do outono e início do inverno e, nas próximas semanas, pode atingir ainda mais cidades mineiras.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade do ar abaixo de 30% acarreta riscos para a saúde e a população precisa redobrar os cuidados. A umidade relativa do ar serve para designar a porcentagem de vapor de água presente no ar. Essa medida afeta diretamente o nosso organismo, uma vez que, quanto mais baixa a umidade, maior a probabilidade de alterações respiratórias, infecções e pele ressecada.   O ideal é que a umidade relativa do ar alcance o meio termo. Entre 40% e 70%, o índice é considerado confortável para o organismo humano. Abaixo dos 30%, os meteorologistas tratam como sinal de alerta.   

Segundo o clínico e cooperado da Unimed-BH, Último Libânio da Costa, com o tempo seco são identificados alguns problemas de desidratação, oftalmológicos, respiratórios e cardiovasculares. “Em geral, a primeira parte do corpo afetada pelo tempo seco é o nariz, já que ele é a porta de entrada do nosso sistema respiratório. As vias aéreas ficam ressecadas, gerando sintomas que algumas pessoas chamam de ‘alergia ao tempo seco’.   Com isso, nos tornamos mais vulneráveis às chamadas doenças de inverno. Além disso, a umidade baixa favorece a circulação de vírus e bactérias e prejudica a nossa hidratação”, alerta.

Tosse seca, garganta irritada e sangramento no nariz são alguns dos sintomas oriundos de problemas respiratórios decorrentes da baixa umidade do ar. A falta de umidade no ar causa ressecamento das vias aéreas e da pele, da boca e dos olhos.   Outros efeitos do tempo seco:  Dermatites; dor de cabeça; desidratação;

Cuidados para toda a família

Para se cuidar, Libânio explica que o primeiro passo é repor a água que falta no ar. “Abuse de todas as formas de hidratação que você tem à mão, se não houver restrições de saúde. Para minimizar o ressecamento nasal, mantenha as narinas hidratadas com o uso de sprays indicados pelo seu médico ou com soro fisiológico. Além disso, o uso de umidificadores de ar e nebulizadores ajudam a amenizar a sensação de nariz e olhos secos. Se você ainda não tem um umidificador, a dica é colocar uma bacia de água dentro do quarto antes de dormir”, afirma.
Outra queixa associada ao tempo seco é a pele ressecada. O clínico sugere aumentar o uso de hidratantes corporais e labiais, evite banhos muito quentes e longos e beba muita água.  A alimentação correta neste período também será uma poderosa aliada na missão de se manter hidratado. Opte por alimentos que contenham muita água, como frutas e legumes. Melancia, pepino, melão, abobrinha e laranja são algumas boas opções.   
 
Mudança de hábitos   

O especialista alerta ainda que as alterações climáticas são eventos que serão cada vez mais comuns “Devemos mudar alguns hábitos para que o nosso organismo se adapte às peculiaridades de cada estação.   Com o tempo seco, há o alerta de evitar exposição ao ar livre das 10h às 16h, considerado o período mais crítico. O ar-condicionado doméstico ou do escritório também contribui para deixar o ambiente seco, potencializando os sintomas da umidade baixa do ar. No inverno, tente mantê-lo desligado ou reduzir o tempo de uso. Por fim, mantenha portas e janelas abertas para garantir a circulação do ar e, mais uma vez, reforce a sua hidratação bebendo muita água”, alerta o especialista em clínica médica.  

  

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