Jogadores da seleção francesa já deixaram claro nos bastidores de que não gostariam de disputar o amistoso desta terça-feira (17), às 18h, contra a Inglaterra, em Londres. Mesmo com os atentados ocorridos em Paris na última sexta-feira (13), a Federação Francesa de Futebol manteve a partida.
Após boatos de que o jogo contra os ingleses seria cancelado, o presidente da Federação daquele país, Noël Le Graët, deu uma entrevista confirmando o embate. “Não tive dúvidas. Tínhamos que jogar. É importante para mostrar que a vida continua, que essa camiseta representa algo, que a França está de pé e será representada por seus atletas com orgulho. Entendo a emoção de cada um, mas a ideia é aceita por todos”, revelou Le Graët.
Contudo, segundo o jornal "Le Parisien", alguns jogadores preferiam que o amistoso não acontecesse. Um dos terroristas tentou entrar com explosivos no Stade de France, onde a França disputava uma partida contra a Alemanha, mas não conseguiu. Após ser barrado pelos seguranças, ele tentou fugir e acabou detonando os explosivos nos arredores do estádio. O barulho das explosões foi ouvido durante a partida.
O mal-estar começou após a confirmação da partida pela Federação sem consultar os atletas. Além da segurança, o lado emocional seria outro grande problema , já que um dos convocados, Lass Diarra, perdeu a prima em um dos ataques. A distância da família também contribuiu para que o descontentamento aumentasse. A equipe está concentrada e os treinos foram fechados, sendo que nem os familiares foram permitidos a entrar, mesmo num momento de dor e consternação pelo qual passa o país.