(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Um dos integrantes da espinha dorsal vencedora do Cruzeiro nos últimos anos o zagueiro Dedé, diferentemente de como se comporta costumeiramente, estava visivelmente abatido durante a entrevista coletiva desta segunda-feira (23), na Toca II. De acordo com o próprio jogador, seu semblante era o reflexo do "desespero" pelo momento da equipe, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
“Eu estou assim não porque eu estou triste, é porque eu também estou com esse desespero, mas a minha forma de mostrar para vocês o meu desespero é com esse pensamento mais centrado, mais concentrado. Não é o momento de eu estar alto astral, não estou vendo meus companheiros com esse alto astral. Vou fazer de tudo para ver o semblante da nação azul mais leve, com sorriso na cara, fazendo este estádio lotar, apoiando, acreditando na gente”, comentou o camisa 26.
Na 18ª colocação com apenas 18 pontos em 20 jogos, o Cruzeiro tem aproveitamento muito baixo no Brasileiro. A Raposa soma 30% de rendimento até aqui na competição e faz, além dos torcedores, os jogadores ficarem preocupados.
"Está todo mundo abalado, baqueado com a nossa situação, mas temos que reverter isso. O caminho mais próximo para fazer o time render é voltar a confiança de todos. Eu não posso perder um Thiago Neves, que foi importante nos dois títulos do bicampeonato da Copa do Brasil, fora os dois mineiros. Não posso perder um Edilson, que, para mim, é um dos melhores da posição, mas não vive uma boa fase hoje, como ninguém do Cruzeiro vive uma boa fase", defendeu Dedé.
Para o "Mito", o momento pede que todos os jogadores assumam a responsabilidade, independentemente da idade. "Acho que para esta reta final, todos os jogadores, desde o mais experiente, que é o Fábio, por ser mais vitorioso, ter mais jogos, até os mais jovens como o Popó, são responsáveis, tem o mesmo nível de responsabilidade dentro do elenco", explicou, dando detalhes sobre sua análise.
"Eu sei que nós, jogadores mais experientes, com mais bagagem dentro do Cruzeiro, temos a responsabilidade até de defender títulos que a gente carrega. Quando eu cito responsabilidade dos atletas, digo comprometimento com a gente mesmo, não de chegar lá no campo e botar a cara, mas nos treinamentos nos ajudar, hora que tiver oportunidade de jogo dar o máximo", completou.
Colaboração de Hugo Lobão sob supervisão de Guilherme Piu