(Reprodução/Instagram)
Os dois dias de plantão na porta de um hotel da região Centro-Sul de Belo Horizonte renderam à estudante Luísa Magalhães várias fotos e uma luva autografada. Fã das estrelas norte-americanas e goleira nos tempos de escola, a mineira de 18 anos é uma das responsáveis pela recepção calorosa que mereceu diversos elogios das atletas da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos.
Hospedadas na capital desde a última quinta-feira para a disputa da Olimpíada, as atuais tricampeãs se disseram bastante satisfeitas com a segurança, o transporte e a estrutura para treinamento, e também com o clima e a gastronomia local. A equipe estreia contra a Nova Zelândia, nesta quarta-feira (3), às 19h, no Mineirão
“Esperávamos que o tempo estivesse um pouco mais quente. É muito bom estar aqui nesse ótimo clima, os treinos têm sido ótimos, e estou animada”, afirma a lateral Kelley O’Hara. “Tivemos o domingo de folga e fomos experimentar ‘açaí’. Acho que é assim que se fala. Nós adoramos”, conta.
A meia Carli Lloyd também se rendeu à comida local. “Tenho uma amiga que vive aqui na cidade, e ela me levou para dar uma volta, sentir o gosto da cultura brasileira e curtir o dia. Comi arroz e feijão, obviamente, alguns legumes e um tipo de frango frito (a passarinho) que aparentemente é famoso nessa região”, revela a melhor jogadora do mundo em 2015.
Atleta mais assediada, a goleira Hope Solo conta que recebeu até presentes pelo aniversário, comemorado no último dia 30 de julho. “Ganhei umas ‘havaianas’ e uma bandeira do Brasil, além de cartas e postais. As pessoas me receberam muito bem”, reforça.Cristiano Martins/Hoje em Dia
SONHO REALIZADO – Luísa ganhou autógrafos e fez ‘selfies’ com Hope Solo, Alex Morgan e Megan Rapinoe
Mineirão
Questionada sobre o Gigante da Pampulha, palco do primeiro jogo da equipe, Hope se mostrou curiosa e até pediu informações sobre o estádio aos jornalistas. Informada sobre a goleada da Alemanha sobre o Brasil por 7 a 1, na Copa de 2014, ela se disse ansiosa.
“Não assisti ao jogo, mas ouvi tudo sobre ele. Preciso voltar e dar uma olhada (risos). Então, é um estádio histórico... Penso que vamos trazer um novo elemento, pois já houve jogos históricos no futebol masculino, e agora é a vez de fazer a história do feminino”, avaliou a estrela.
Kelley, por sua vez, disse se lembrar bem da fatídica partida. “Eu assisti ao jogo. Me contaram pouco antes de chegar aqui que é o mesmo estádio. Foi uma partida interessante. Senti pelo Brasil naquele dia, mas a Alemanha fez um ótimo trabalho”, comenta a lateral.
A jogadora também mostrou surpresa e animação ao descobrir que Pelé nasceu em Minas Gerais. “Eu não sabia! Incrível! Que legal! Aparentemente, estamos em uma cidade e em um estado com muita história no futebol”, completou.
Incentivo
Para Luísa, a presença das jogadoras norte-americanas e francesas na capital mineira serve de inspiração para a prática de um esporte cheio de obstáculos para as mulheres no país. "Depois da escola, passei a jogar só por lazer, porque aqui em Belo Horizonte não tem muitos lugares para times femininos", afirma a fã de Hope Solo e da francesa Eugénie Le Sommer.
"Ela (Le Sommer) também já tirou foto comigo. Não sei falar o nome dela direito mas eu gritei e ela ouviu. Elas são uma inspiração para mim. Estou aqui desde domingo à tarde e vou continuar vindo até o dia que elas forem embora", garante a admiradora mineira.