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A greve de operários que atuam nas obras de equipamentos esportivos e de acessibilidade da Olimpíada do Rio, iniciada na segunda-feira (18), terminou nesta quarta, após audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), na capital fluminense. As atividades nos canteiros de obras devem ser retomadas nesta quinta-feira.
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) e o sindicato dos trabalhadores da categoria (Sintraicp) chegaram a consenso com base em proposta apresentada pela procuradora do Trabalho Deborah Felix, na audiência de conciliação presidida pela desembargadora Edith Maria Corrêa Tourinho.
Os trabalhadores que recebem o piso salarial (a maior parte da categoria) terão 8% de aumento. Quem recebe salário acima do piso e até R$ 10 mil terá reajuste de 5%. O reajuste dos operários que ganham mais de R$ 10 mil será decidido internamente em cada empresa representada pelo sindicato patronal.
O valor do vale-alimentação vai passar de R$ 310,00 para R$ 340,00. As empresas concordaram em abonar cinco horas do tempo de paralisação. As demais poderão ser compensadas pelos trabalhadores no prazo de 60 dias, para que não haja descontos, e os trabalhadores grevistas não sofrerão retaliações.
Os sindicatos têm 15 dias para formalizar a convenção coletiva da categoria, incluindo os termos acordados na audiência, para oficializar a resolução.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, minimizou os efeitos da paralisação para o andamento das obras da Olimpíada. "O impacto que a greve teve é bem menor do que podia ser. Não houve grande adesão e dois, três dias de greve não prejudicam os andamentos das obras. Não podemos cercear o direito de protesto dos trabalhadores", afirmou nesta quarta-feira.