Advogada defende quadra de tênis como terapia

Gláucio Castro - Hoje em Dia
20/12/2014 às 09:05.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:26
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

Ela não tem vergonha de assumir. “Nossa, eu era muito mal humorada”, conta aos risos, que em nada lembram aquela Rita Gomes Silva do passado. “Hoje eu enxergo o mundo cor de rosa”, brinca a advogada, 54 anos, que também deixou de lado os remédios para pressão arterial.    O motivo de tanta mudança é simples. “Voltei a jogar tênis depois de 32 anos.” Com uma rotina estressante de trabalho, reuniões e viagens, ela acabou deixando a paixão pelo esporte, que praticou até os 21 anos, adormecida. “Comecei a ter problemas de saúde, pressão alta e tive angina. Percebi que alguma coisa precisava ser feita com urgência. Tentei academia, mas não era uma coisa prazerosa para mim. Então resolvi voltar para as quadras”, relembra Rita.   Vida colorida   Com pouco tempo, a pressão arterial estava estabilizada e a vida ganhou o colorido que faltava. “Além da questão de saúde, hoje é minha válvula de escape. A pressão diária do trabalho é grande. O tênis para mim se transformou em uma terapia. Quando eu tenho sintomas de ficar nervosa, o povo logo fala: ‘ih, vai jogar tênis’”, confessa, sem constrangimento.   Cada dia que passa, o interesse pelo esporte que Guga ajudou a popularizar no Brasil fica mais latente. Três vezes por semana, Rita acorda às seis e meia e vai até uma das quadras da BH Tênis para se exercitar.   Neste ano, a advogada ficou ainda mais realizada com seu retorno ao mundo do tênis. Conseguiu mobilizar os sobrinhos Guilherme, 7 anos; João Pedro, 9; e Ana Clara, 10, que também tomaram gosto pelo esporte. “Vão ser meus companheiros nas quadras daqui um tempo”, diz a orgulhosa tia.   Em 2014, Rita acompanhou de perto o Roland Garros, na França, e já está com tudo planejado para ir ao ATP de Monte Carlo no próximo ano.    Rita guarda apenas uma recordação ruim do esporte. Torceu o pé correndo atrás do seu maior ídolo, Rafael Nadal, em Paris. “Mas minhas amigas foram atrás e trouxeram um autógrafo dele para me consolar”, brinca.

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