(Daniel Ramalho)
Com a ida de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016, para a cadeia, os dois dirigentes dos principais eventos esportivos de nível mundial realizados no Brasil recentemente estão presos. José Maria Marin, presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL) está em prisão domiciliar em Nova York, nos Estados Unidos.
Carlos Arthur Nuzman também é o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Tudo dos Jogos de 2016 passou por suas mãos. José Maria Marin, na época do Mundial de futebol, em 2014, exercia concomitantemente o cargo de presidente da CBF.
Ele está preso desde maio de 2015 e foi transferido para os Estados Unidos em novembro daquele mesmo ano. Lá, será julgado a partir de 6 de novembro por fraude e lavagem de dinheiro, entre outras acusações.
O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e um dos anteriores, Ricardo Teixeira, estão em liberdade, mas ambos também foram indiciados nos Estados Unidos por envolvimento nos mesmos crimes de José Maria Marin. Como o Brasil não extradita os seus cidadãos, não serão julgados.
Dirigentes de outros esportes também estão às voltas com a Justiça. O ex-presidente da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), Coaracy Nunes, passou 82 dias na prisão este ano acusado de desvio de dinheiro. Outros três ex-dirigentes da entidade também foram presos.
Além disso, confederações como a de Taekwondo e Handebol tiveram problemas com seus cartolas. No Taekwondo, o presidente Carlos Fernandes foi afastado do cargo - ele é acusado de desvios. A de Handebol sofreu intervenção após a eleição ter sido impugnada pela Justiça.