(Pedro Souza/Atlético )
A eliminação e a confusão criada pelo Boca Juniors, no Mineirão, após a partida contra o Atlético pelas oitavas de final da Libertadores seguem rendendo na Argentina. O clima de rivalidade se instalou não só pelas cenas finais nos vestiários do Gigante da Pampulha, mas também por declarações do presidente do Boca e pela narrativa criada por boa parte da imprensa argentina, na qual a equipe do Boca é vista como prejudicada pela arbitragem e vítima de agressões, não como autores da confusão.
O grande detalhe é que o Atlético terá pela frente outro gigante da Argentina na sequência da Libertadores: o River Plate. As duas equipes se encontram nas quartas de final e a pergunta que não quer calar é: o Atlético pode sofrer algum tipo de retaliação ou dificuldade no país vizinho após toda a confusão com os xeneizes? Para o volante Allan essa é uma questão a ser minimizada pelos jogadores.
“Acho que isso é uma besteira. Ficam soltando essas coisas, querendo arrumar confusão. É uma coisa desnecessária. No futebol, hoje em dia, não existe mais isso. Não tem o que eles fazerem. Vão fazer o que? A gente vai chegar lá e vão nos bater? Isso não existe. Estamos bem tranquilos e a diretoria também deve estar tomando suas providências. Esperam que eles tenham um bom campeonato lá, possam jogar bem e parem de brigar”, avaliou.
Após a briga nos vestiários do Mineirão, o presidente do Boca, Jorge Ameal, assinou uma nota responsabilizando o Atlético pela confusão e alegando que a arbitragem foi decisiva contra o Boca. O mandatário ainda fez insinuações de que o clube alvinegro teria alguma relação com o poder, sugerindo interferência externa para a classificação dos mineiros.