'Amarilla estava encomendado', diz diretor corintiano

Agencia Estado
16/05/2013 às 20:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:45

O diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, não mediu as palavras nesta quinta-feira e atacou o paraguaio Carlos Amarilla, o criticado árbitro da partida contra o Boca Juniors, na noite de quarta, pela Copa Libertadores. Para o dirigente, o juiz teve atuação premeditada, sob "encomenda", para beneficiar o time argentino: "Devia estar preso".

"O Amarilla devia estar preso, mas conseguiu escapar ontem antes que alguém o prendesse", disparou o dirigente, em entrevista à Rádio Globo. "Ele chegou ao Brasil para apitar esse jogo com uma encomenda e ele a devolveu certinho, do jeito que pediram para ele fazer, para tirar o Corinthians da Libertadores. É assim que funcionam as coisas no futebol, infelizmente", disse Andrade, que chegou a ocupar a presidência do clube de forma provisória, no ano passado.

"Pode escrever com todas as palavras o que eu estou falando. Ele veio para fazer o que ele fez. Não foi circunstância do jogo, circunstância do jogo é muito diferente do que ele fez. Não só nos erros, mas na atitude junto aos jogadores. Ele estava mal intencionado. Não existe dúvida", reforçou o dirigente.

Andrade, porém, não soube apontar supostos interessados em prejudicar o Corinthians na Libertadores. "Aí é que é a grande dúvida. Garanto que ele não tem interesse pessoal nenhum. Qual é o interesse dele? Ele veio a mando de alguém, só não sei responder de quem. Se soubesse não iria poupar", disse ao apontar "coisas nebulosas na Conmebol".

"Há coisas que são nebulosas nas confederações, tanto na nacional quanto na sul-americana que não consegue responder quais são os interesses", declarou. "A única coisa que pode falar é mostrar toda a indignação com todo o sistema falido que é esse futebol sul americano e brasileiro e paulista também."

Irritado, Andrade chegou a ameaçar fisicamente o árbitro paraguaio. "É um absurdo. Eu detesto violência, mas tem hora que parece que não resta outra coisa a fazer a não ser bater na cara dele. Porque não se faz isso com um homem, mas merecia, porque não sobrou outra coisa fazer. Falar, nada resolve."

Por fim, o diretor de futebol ainda levantou suspeitas sobre a boa campanha do Atlético Mineiro na competição, ao ser perguntado sobre o relacionamento do Corinthians com a Conmebol. Ele questionou a escalação de um árbitro estrangeiro para a partida entre Atlético e São Paulo.

O juiz de outro país teria sido escalado a pedido do presidente do clube mineiro, Alexandre Kalil. "Eu não sei se o Kalil foi atendido. Se foi, sorte dele. Quem sabe é a vez dele de ser campeão sul-americano. Pode ser que seja a vez dele. Não era a vez do Corinthians", afirmou.
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