América e Ceará empatam e mineiros festejam volta à elite do futebol brasileiro

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
22/11/2015 às 13:22.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:02
 (Hoje em Dia)

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A poucos segundos do fim da partida, todo o Independência já estava de pé. Os jogadores do banco mal se continham e se preparavam para invadir o campo. A expulsão de Richarlison deu contornos dramáticos para os últimos instantes. Mas quando o árbitro mato-grossense Wagner Reway subiu as mãos, o grito finalmente saiu da garganta: o Coelho voltou!

Considerado um time limitado no início da série B, o América lutou, lutou e provou o seu valor. Após bater na trave em 2014, com seis pontos tirados no tapetão, a equipe mineira retorna à elite do futebol brasileiro, pondo fim a uma espera de quatro anos. O acesso, com uma rodada de antecipação, veio em um empate dramático de 1 a 1 contra o Ceará.

Lutando para sair da zona de rebaixamento, o Vovô mostrou ser um adversário valente, sem medo de atacar. Foi para cima do Coelho no primeiro tempo, com contragolpes precisos e, aos 11 minutos, deixou a torcida americana aflita ao abrir o placar num chute de Siloé. Esperança de gols dos mineiros, Richarlison era caçado implacavelmente.

Aos poucos, o América foi controlando a ansiedade e as laterais do América foram se soltando. As boas jogadas começaram a aparecer, principalmente com uma rápida troca de passes na linha de frente. Após muitas chances desperdiçadas, o América chegou ao empate, aos 43, numa bola lançada da direita por Pablo, que encontrou o zagueiro Wesley Matos livre para cabecear à gol.

O América parecia repetir o sufoco de 2010, quando subiu à série A também num empate de muito sufoco (0 a 0), diante da Ponte Preta, na última rodada, em Campinas. A diferença dessa vez é que o jogo aconteceu no Independência, com o apoio irrestrito de uma torcida apaixonada. Outro “pé de coelho” estava no banco: o técnico Givanildo Oliveira, grande responsável pelo título da série B em 1997.

O segundo tempo foi tenso, com oportunidades de lado a lado. Tony desperdiçou uma grande chance de levar alívio para time e torcida, chutando da entrada da pequena área e obrigando o goleiro a fazer uma bela defesa. Quando o Ceará voltou a pressionar, Richarlison foi expulso após fazer falta em Charles, com quem já estava estranhando desde a primeira etapa.

Com apenas nove jogadores (já tinha perdido o zagueiro Alison, expulso juntamente com Siloé, aos 19 minutos), foram longos três minutos até a torcida ouvir o apito final. Para o time, o último jogo, contra um Botafogo já campeão, no Rio de Janeiro, sábado que vem, servirá para definir a posição na tabela. Pode chegar ao segundo lugar, precisando torcer por tropeço de Vitória e Santa Cruz.

 

AMÉRICA

João Ricardo, Wesley Matos, Alison e Anderson Conceição, Walber, Leadnro Guerreiro (Rodrigo Souza), Tony, Marcelo Toscano, Xavier, Pablo (Lorenzi) e Richarlison. Técnico: Givanildo Oliveira.


CEARÁ

Éverson, Tiago Cametá, Sandro, Charles, Fernandinho, João Marcos (Fabinho), Baraka, Wescley, Alex Amado (Júlio César), Alex Amado, Siloé e Rafael Costa (Mazola). Técnico: Lisca.


GOLS: SIloé, aos 11, e Wesley Matos, aos 43 minutos do primeiro tempo. Cartões vermelhos: Siloé, Alison e Richarlison. Cartões amarelos: Charles, Tiago Cametá e Xavier. Arbitragem: Wagner Reway, auxiliado por Paulo César Faria e João Leite Pimenta, todos do Mato Grosso. Local: Estádio Independência.

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