América se notabiliza na formação de talentos no futebol

Danilo, Fred, Gilberto Silva, Euller, Evanílson, Alex Mineiro, Irênio e muito mais. O América se notabilizou no futebol nacional como uma fábrica de produção de talentos. Muitos jogadores que tiveram o seu início nas categorias de base do Coelho ganharam o mundo, brilharam com as mais diferentes camisas, inclusive a amarela, da Seleção Brasileira.

"O América tem por tradição revelar atletas da base. Não somos nenhum Barcelona. A estrutura nossa é simples, porém funciona. O principal é ter profissionais capacitados para este tipo de trabalho, que é pegar a matéria-prima bruta e vai transformando aos poucos", declarou Geraldo Ventura, superintendente da categoria de base do Coelho, ressaltando o valor da sua equipe de trabalho.

"Tem toda uma equipe por trás disso. Tem coordenadores, pessoal que trabalha muito nisso...", destacou, afirmando que aproximadamente 250 atletas fazem parte das categorias de base. Em torno de 70 profissionais trabalham na revelação dos talentos.

Quem se formou na base do Coelho reconhece a importância da passagem pelo clube. Fred que deu seus primeiros passos rumo ao sucesso no futebol no Alviverde lembra com saudosismo do período que atuou na equipe mineira. Hoje no Fluminense e com passagens pelo futebol europeu e uma Copa do Mundo no currículo, Fred lembra que o clima familiar no América foi importante para que ele conseguisse evoluir na carreira.

"O América, pra mim, foi uma escola em todos os sentidos. Foi onde eu amadureci como jogador e como homem. Tínhamos pessoas preocupadas em nos tornar bons tecnicamente, fisicamente, mas também outros que nos aconselhavam e nos tratavam como filhos. Acho que o fato de ter pessoas que se importavam com o extracampo pesa muito, principalmente nos dias de hoje, onde a força econômica do futebol é tão grande. É preciso alertar os meninos da base para que mantenham a humildade, o foco na profissão, pois isso evita que alguns se percam pelo caminho. Eu tive esse apoio no América, acredito que a garotada continua tendo esse tratamento dado ao ser humano. Creio que esse seja um dos segredos do sucesso do Coelhão", comentou.

E o futuro continua sendo pintado de forma brilhante. Sete atletas revelados dentro do clube fazem parte da categoria profissional e levantam boas expectativas no Coelho. Outro fator importante para a revelação de mais talentos é que o Coelho trabalha para formalizar uma parceria com clubes da Europa para o intercâmbio de jogadores.

"No período atual, estamos com sete jogadores no profissional. Temos atletas de bom nível, como Kaio, Lula, o Junior Lemos. O Luís Felipe que é um baita jogador, mas machucou. Estes são alguns que estão na frente. No júnior, tem alguns atletas que interessam para clubes do exterior, que já procuraram para fazer parceria. Este é um bom programa, pois a nossa oferta é maior que a demanda", comentou Ventura.

Com a camisa amarela

Na Seleção, a trajetória dos americanos é de sucesso. Gilberto Silva, por exemplo, participou, como titular, do grupo canarinho que faturou a Copa do Mundo em 2002 e também esteve na Alemanha, em 2006. Fred, por sua vez, disputou a Copa de 2006, marcando até gol.Hoje, o artilheiro do Fluminense é favorito para ser o camisa 9 da equipe em 2014. Danilo, volante e lateral-direito formado no Coelho, também brilha com a camisa da Seleção e é considerado um dos mais promissores atletas brasileiros.

Os três exemplos citados fazem parte da nova geração do futebol nacional. Ainda ativos, estes atletas demonstram a força do América na revelação de talentos. Mas não para por aí. Campeões da Libertadores, Brasileirão e campeonatos europeus. Os americanos ganharam o mundo de diversas formas. Do goleiro ao centroavante e em épocas distintas, o América revelou e lapidou joias do futebol, fato que demonstra que a facilidade na identificação de bons atletas não é por acaso.

Japonês

O América não só cedeu jogadores à Seleção Brasileira, como também contribuiu com a seleção Japonesa. Em 2006, Yuji Nakazawa, atleta japonês que teve passagem pela base da equipe mineira, defendeu as cores nipônicas na Copa do Mundo da Alemanha.