(Carlos Roberto/Hoje em Dia)
O América é um estranho no próprio ninho na Série B do Brasileiro. O Coelho tem um dos piores desempenhos como mandante na competição e tem sido dominado pelos adversários que recebe no Horto.
Na última terça-feira, o time acumulou mais uma derrota em seus domínios para o então pior time da competição, o Barueri. Além do futebol de baixo nível, a pequena presença da torcida colabora para os concorrentes se sentirem em casa.
Contra o Barueri, os 422 americanos não preencheram sequer 2% da capacidade do estádio e foram incapazes de pressionar o time visitante.
O América tem o 14º aproveitamento como mandante, mas tem apenas um ponto de diferença sobre o Guaratinguetá, que é o primeiro do Z-4 nessa hipotética classificação.
Até o momento, o Coelho conquistou 21 dos 42 pontos que disputou no Horto.
A atual situação contrasta com as justificativas de dirigentes e jogadores quando o clube ficou quase dois anos atuando fora de Belo Horizonte, pois Mineirão e Independência estavam em obras ao mesmo tempo.
O membro do conselho gestor, Marcos Salum, chegou a declarar que “o América era um time sem casa” e alimentou as expectativas de que a situação se reverteria com a volta ao Independência.
No entanto, após a reabertura do estádio, o Coelho ainda não se assumiu como mandante. Foi derrotado na final do Estadual pelo Atlético, sendo dominado nos 90 minutos da segunda partida, quando foi goleado por 3 a 0.
Recentemente, na Série B, acumulou uma sequência de sete jogos sem vencer no Horto. Quebrou o tabu com uma vitória por 1 a 0, sobre o Avaí, numa partida em que foi dominado pelos catarinenses.
As más apresentações afugentaram a torcida e enormes espaços vazios no Horto são uma constante nos jogos.
O silêncio é tamanho no estádio que é possível escutar o diálogo entre torcedores. Na partida contra o Avaí, um torcedor visitante no terceiro andar provocou os americanos: “só tem meia dúzia aí!”.