Alencar da Silveira Jr. disse que após análise criteriosa, não foi identificada qualquer atitude discriminatória do jogador
Alencar se posiciona a favor de Miguelito após ser acusado de injúria racial por Allano, do Operário-PR (Mourão Panda / América)
O América aguarda o desfecho do caso Miguelito, que segue detido em Ponta Grossa, no Paraná, após ter sido acusado de injúria racial por Allano, atacante do Operário, na noite desse domingo (4), em jogo válido pela série B. O presidente do clube, Alencar da Silveira Jr., afirmou que as acusações são infundadas, “após criteriosa apuração interna e análise dos fatos disponíveis”.
‘Não foi identificada qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador que possa, sob qualquer ângulo, ser interpretada como discriminatória. Ao contrário, Miguel Terceros sempre demonstrou conduta ética, respeito e espírito esportivo, sendo amplamente reconhecido no clube por seu profissionalismo e integridade”, disse em nota.
Alencar ainda ressaltou que o América repudia qualquer tentativa de imputar condutas incompatíveis com esses valores a nossos atletas e colaboradores e o clube segue com o compromisso “inegociável com a igualdade, o respeito à dignidade humana e o combate a toda e qualquer forma de preconceito".
De acordo com a súmula da partida, redigida pelo árbitro Alisson Sidnei Furtado (TO), aos 30 minutos do primeiro tempo, Allano o acionou para relatar que Miguelito o teria chamado de “preto cagão”, fato que nenhum integrante da arbitragem viu e/ou ouviu, mas, imediatamente foi realizado o protocolo antirracismo.
Após 16 minutos de paralisação, o jogo foi reiniciado com Miguelito sendo mantido em campo. No intervalo, o técnico William Batista sacou o meio-campista do confronto, que terminou com a vitória do Fantasma, por 1 a 0.
"O América FC, fiel à sua história centenária e aos princípios que a sustentam, vem a público prestar esclarecimentos e manifestar total solidariedade ao atleta Miguel Ángel Terceros Acuña, diante de acusações infundadas que tentam associar seu nome a conduta de cunho racista.
Após criteriosa apuração interna e análise dos fatos disponíveis, não foi identificada qualquer atitude, gesto ou declaração do jogador que possa, sob qualquer ângulo, ser interpretada como discriminatória. Ao contrário, Miguel Terceros sempre demonstrou conduta ética, respeito e espírito esportivo, sendo amplamente reconhecido no clube por seu profissionalismo e integridade.
O América FC reafirma, de forma enfática, seu compromisso inegociável com a igualdade, o respeito à dignidade humana e o combate a toda e qualquer forma de preconceito. Repudiamos qualquer tentativa de imputar condutas incompatíveis com esses valores a nossos atletas e colaboradores — ainda mais quando desprovidas de qualquer respaldo nos fatos.
Seguiremos firmes na defesa dos princípios que norteiam nossa instituição e na preservação da honra de todos que constroem, com dedicação e respeito, um futebol mais justo, inclusivo e humano".
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