(Seleção Chilena)
O Chile vai parar mais uma vez na noite desta segunda-feira (29) com a expectativa de ver a seleção do país garantir passagem para a final da Copa América que organiza. A partida contra o Peru, às 20h30, no Estádio Nacional de Santiago, poderá levar o anfitrião à decisão do torneio depois de 28 anos. A confiança é grande. Os chilenos lutam por seu primeiro título da competição. Em 1987, na Argentina, o Chile decidiu o caneco contra o Uruguai e perdeu por 1 a 0.
Será mais um capítulo do "Clássico do Pacífico", entre rivais dentro e fora de campo. E qualquer resultado que não seja a coroação no dia 4 de julho, em Santiago, será considerado um fracasso para o Chile, um dos três países sul-americanos que jamais venceram a Copa América - o Peru já levou a taça duas vezes, ainda que a última tenha sido há 40 anos.
Os países vizinhos arrastam uma grande rivalidade, que vem desde o fim do século XIX, quando aconteceu a Guerra do Pacífico. E os conflitos militares e políticos têm alimentado a rivalidade em campo, onde foram disputados 76 jogos, com 41 vitórias chilenas, 21 triunfos do Peru e 14 empates.
É feriado no Chile nesta segunda-feira em comemoração ao dia de São Pedro. Por isso, a agitação em várias cidades começará mais cedo à espera da partida. A equipe treinada por Jorge Sampaoli confia no seu poder ofensivo (11 gols em quatro partidas) para suplantar os peruanos comandados por Guerrero, ex-Corinthians e agora jogador do Flamengo. Valdivia, Alexis Sanchez e Arturo Vidal, um dos artilheiros da Copa América com três gols, estão escalados.
O desfalque é o zagueiro Jara. A Conmebol puniu o chileno ontem com suspensão por três partidas por causa de sua atitude antidesportiva contra Cavani na partida de quarta de final contra o Uruguai. Ele usou da "mão boba" para provocar a expulsão do rival. Albornóz é o mais cotado a entrar. O Peru conta com os meias Lobatón e Ballon, que cumpriram suspensão nos 3 a 1 contra a Bolívia. Mas a confiança está mesmo depositada em Guerrero.
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