Aos 38, pentacampeão está disponível para jogar em 2015

Gláucio Castro - Hoje em Dia
09/11/2014 às 09:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:57
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

“Minha vida está parada dentro do gramado. Fora, eu não paro um minuto”, brinca o pentacampeão mundial Gilberto Silva, de 38 anos. Em fase final de recuperação de uma cirurgia no menisco do joelho direito, ele aprimora a forma física e traça o futuro. Entre os planos, a volta ao futebol em 2015 e uma faculdade de administração.   Quanto sobra tempo, o jogador, que começou a carreira como volante e acabou recuando para a zaga, dá palestras em escolas sobre superação, onde conta sua trajetória de vida: um garoto simples de Lagoa da Prata que brilhou no futebol brasileiro, europeu e conquistou a Copa do Mundo, em 2002.   “Minha vida está tão agitada quanto antes, mas agora mais com projetos pessoais. Tenho investido em mim, em estudos, quero entrar para a faculdade. Estou parado com o futebol momentaneamente por causa da lesão. Mas quero voltar logo”, diz ele. Gilberto Silva garante ter propostas de vários clubes, inclusive do futebol internacional.   “Não passa pela minha cabeça parar de jogar. Tenho esta vontade dentro de mim de voltar aos gramados. Por isso estou me preparando”, afirma o volante, que não atua desde o fim do ano passado, quando não teve o contrato renovado pelo Atlético, clube no qual ganhou projeção internacional no início da carreira e voltou a defender no ano passado.   Sem resposta da diretoria alvinegra, ele praticamente sepultou todas as esperanças de vestir novamente a camisa do Galo. O destino pode ser o América, time no qual começou. “Todo mundo sabe do carinho que tenho pelo América e pelas pessoas que trabalham lá. Foi o clube que me lançou. Já tivemos algumas conversas. Vamos ver”, adianta.   Enquanto não está liberado, Gilberto Silva continua lutando pelos direitos dos atletas. Ele é um dos integrantes do Bom Senso Futebol Clube, movimento que acaba de completar um ano e reúne jogadores profissionais do Brasil todo.   “É muito complicado tentar melhorar as coisas dentro do futebol porque as pessoas acham que são donas do que elas não são. Eles fazem o que querem, mas tem que haver um comprometimento maior das pessoas no futebol. Os dirigentes nos veem como adversários, mas só queremos contribuir”, pondera ele.   Para recuperar a condição de jogo, ele conta com a ajuda do fisioterapeuta Marcos Túlio da Silva Melo, com quem trabalhou no Atlético e que o acompanha nos treinos diários em uma academia na região Centro-Sul de BH – também frequentada por atletas e ex-atletas, como Marques.   Minientrevista ‘Até hoje espero resposta do Kalil’   Você guarda mágoa Do Atlético?   Não guardo mágoa. A única coisa que até hoje eu aguardo é uma resposta. Tive uma reunião com o Alexandre Kalil e teríamos um outro encontro uma semana depois. Ele desmarcou e não tive mais resposta. Depois tentei o Eduardo Maluf e também não tive retorno. Mas tenho muito carinho pelo Atlético.   Pensa em encerrar a carreira no América, clube onde começou?   É possível. Desde que haja interesse da parte deles também. Temos algumas conversas que podem ser retomadas quando eu estiver recuperado. Quero estar 100% para poder voltar.   Como surgiu a ideia de dar palestras para crianças e jovens?   A palestra chama “Uma história de superação” e conta toda minha trajetória desde a saída de Lagoa da Prata, passando pelos processos das conquistas que eu obtive dentro da carreira. É importante mostrar isso para crianças e jovens. Às vezes eu não vou conseguir revelar um novo Gilberto Silva no futebol, mas posso conseguir revelar em outras áreas.

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