INVESTIGAÇÃO

Aporte de R$ 300 milhões de empresário no Galo é investigado por suposta ligação com PCC

Ministério Público de São Paulo acredita que montante possa ser oriundo de lavagem de dinheiro

Paulo Duarte
esportes@hojeemdia.com.br
17/10/2025 às 13:08.
Atualizado em 17/10/2025 às 16:23
Investidor de SAF do Galo tem nome vinculado em investigação contra lavagem de dinheiro do PCC (Pedro Souza / Atlético)

Investidor de SAF do Galo tem nome vinculado em investigação contra lavagem de dinheiro do PCC (Pedro Souza / Atlético)

Os R$ 300 milhões investidos pelo banqueiro Daniel Vorcaro na SAF do Atlético, por meio do Galo Forte FIP, podem ser oriundos de um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Pelo menos é o que aponta denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A informação foi publicada pelo jornalista Rodrigo Capelo, em matéria publicada no jornal Estado de São Paulo. 

De acordo com o documento do MPSP, fundos usados por Vorcaro para adquirir 26,9% da Galo Holding SA são similares aos investigados na Operação Carbono Oculto (fundos Olaf 95 e Hans 95), deflagrada pela Receita Federal. 

Em nota publicada nesta sexta-feira (17), o Atlético disse desconhecer quaisquer irregularidades da origem do aporte realizado por Daniel e ressaltou que o Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia “é um veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), sob administração da Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA”.

“A Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA é uma empresa igualmente registrada perante a CVM. Referido fundo figura como acionista da Galo Holding S.A., contexto no qual o Atlético não tem conhecimento de quaisquer irregularidades”, disse o Atlético.

Vorcaro iniciou o vínculo com o clube em 2023 ao injetar R$100 milhões na SAF do Atlético. Um ano depois ele aplicou mais R$ 200 milhões, chegando aos 26,9% da Galo Holding SA. Além dele a SAFA conta com 55,7% de Rubens e Rafael Menin e mais 9% do Fundo de Investimentos do Galo (FIGA).

O Hoje em Dia tentou contato com o empresário, mas até o encerramento da matéria não obteve resposta. O espaço segue aberto e será atualizado, caso ele queira se pronunciar. 

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