(Maurício Vieira/Hoje em Dia )
Na noite dessa quarta-feira (14), o Senado aprovou o projeto do clube-empresa (5.516/2019), muito comemorado pelo presidente do Cruzeiro, Sergio Santos Rodrigues. O projeto consiste na criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e entre alguns benefícios estão a possibilidade de novas formas de obtenção de recursos, visando atrair investidores. Vale lembrar que a pauta segue ainda para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Após o resultado da votação, Sergio Santos Rodrigues comemorou a aprovação do projeto e avaliou como a nova lei pode ajudar o Cruzeiro, que vive uma situação delicada financeiramente.
"Com a aprovação do projeto de lei da Sociedade Anônima do Futebol, ainda mais na velocidade que foi, foi uma vitória muito importante que mostra a união dos clubes, todo mundo trabalhando em prol disso, que é uma tendência. Basicamente, só o Brasil dos grandes países que não tinha uma legislação específica sobre o tema, e a nossa foi muito bem feita com a relatoria do Rodrigo Pacheco, relatada na Câmara e no Senado por duas pessoas que gostam e entendem muito do futebol, da área", explicou.
Sobre a possibilidade de poder captar novos recursos, o mandatário celeste acrescentou a segurança para realizar a operação a partir da SAF.
“O principal é uma forma mais segura de captação de recursos que ela possibilita, com a proibição de participação em atletas, que era o meio que os clubes brasileiros mais utilizam para ter captação de recursos. É claro que não precisa ser sociedade anônima para um clube ser bem gerido, isso é obrigação, e alguns clubes mostram que atingiram a excelência sem isso. Mas, quando vira sociedade anônima, se torna uma obrigação. Com a aprovação da SAF, a gente permite essa participação de forma segura para o investidor. E você faz a empresa na forma da lei, sem perder os benefícios tributários que as associações têm. Isso aí é muito importante e um grande passo para a modernização do futebol brasileiro e para que ajude os clubes que passam por esta situação difícil em razão da pandemia, com recursos mais escasso”, reforçou.