(Fabio Menotti)
Com os três gols que levou na derrota por 3 a 2 para o Corinthians, no último domingo, no Itaquerão, o Palmeiras passou a ter a defesa mais vazada entre os times que atualmente ocupam o G7 do Campeonato Brasileiro. São 36 gols sofridos, dois a mais que o Botafogo, que tem a segunda pior defesa entre os sete primeiro colocados e que estariam classificados à Copa Libertadores hoje. No ano passado, o time campeão brasileiro sofreu 32 gols, melhor defesa ao lado da do Atlético Paranaense.
Os números contrastam com o poder ofensivo do time do técnico Alberto Valentim. Com 50 gols, a equipe tem o melhor ataque do campeonato, logo à frente do Grêmio, que fez 48. Com o técnico interino, os números são significativos: foram 12 gols em cinco jogos.
Para a partida diante do Vitória, a comissão técnica aposta na volta de Willian, recuperado de edema na coxa direita, mas que ainda não está 100% fisicamente. Borja está na seleção colombiana; Deyverson, suspenso.
No clássico no Itaquerão, os problemas na marcação, especialmente pelas laterais, foram fator decisivo para a derrota. Ao longo do ano, o Palmeiras tentou 12 formações diferentes. Apesar de contar com quatro laterais de ofício (Fabiano, Mayke, Egídio e Zé Roberto), atletas de outros setores, como o zagueiro Juninho e os volantes Jean e Tchê Tchê, já iniciaram ao menos um jogo no ano improvisados no setor. Nenhuma dupla conseguiu se firmar.
Outro motivo da queda do desempenho da defesa é a instabilidade do goleiro Fernando Prass, principalmente no primeiro turno do Brasileirão. Coritiba e São Paulo foram alguns dos adversários contra os quais Prass falhou até perder a titularidade no jogo com o Flamengo. Voltou a ser a primeira opção quando Jaílson se lesionou. No clássico ele mostrou insegurança em alguns lances.
Com a saída de Vitor Hugo para a Fiorentina no início do ano, o zagueiro Mina não conseguiu ter um companheiro fixo, já que os outros defensores falharam, até aqui, na missão de substituir Vitor Hugo. Quem mais chegou perto de se consolidar ao lado do colombiano na zaga foi Edu Dracena. O experiente defensor atuou em 21 jogos no Brasileirão, mas falhou em alguns lances cruciais, como no revés para o Corinthians. Juninho e Luan, que chegaram depois do Paulistão, também oscilaram e ainda não se firmaram.
http://www.estadao.com.br