O ano de 2016 termina para o Cruzeiro sem taças conquistadas, mas muitas comemoradas. O torcedor que sofreu com o time durante quase toda a temporada, pela ausência na final do Campeonato Mineiro e pelo grande risco de rebaixamento na Série A do Brasileirão, teve que se contentar com as lembranças de 1966, quando o clube ganhou a Taça Brasil, 1976, quando chegou ao primeiro título da Copa Libertadores, ou até mesmo 1996, quando o bicampeonato da Copa do Brasil foi conquistado.
Para 2017, a possível aposta em Jadson, de 33 anos, ou Thiago Neves, de 31, pode fazer o Cruzeiro resgatar a presença do autêntico camisa 10 no time de Mano Menezes, que é velho conhecido do primeiro, que este ano defendeu o Tianjin Quanjian, da China.
Em fevereiro de 2014, era Mano Menezes o treinador do Corinthians quando o clube acertou a troca do atacante Alexandre Pato por Jadson com o rival São Paulo.
Com Thiago Neves, Mano nunca trabalhou, mas o jogador foi sondado pelo ex-diretor de futebol Thiago Scuro, pouco antes dele se desligar do clube, portanto, já com o aval do atual treinador.
HISTÓRICO
Ao tentar repatriar Jadson ou Thiago Neves, o Cruzeiro não deixa de voltar ao passado, pois uma marca das grandes conquistas cruzeirenses é justamente um camisa 10 de qualidade
Em 1966, era Dirceu Lopes, cria da base e que formou com Tostão, que usava a camisa 8, uma das maiores duplas de meias da história.
Na conquista da Copa do Brasil de 1996, o 10 era Palhinha, ex-América e São Paulo, que foi ainda o maestro do time no bicampeonato da Libertadores, em 1997.
O ano de 2003, o maior da história cruzeirense, por causa da Tríplice Coroa (conquista do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Série A na mesma temporada), teve a genialidade do camisa 10 Alex, craque do time de Vanderlei Luxemburgo.
O bicampeonato brasileiro, em 2013 e 2014, teve como craque maior Everton Ribeiro, um típico camisa 10, embora usasse a 17.
JOÃOZINHO
A camisa 10 é tão forte na história cruzeirense, que a Copa Libertadores de 1976, numa final com o River Plate, da Argentina, que teve o jogo extra em Santiago, no Chile, foi garantida com um gol de falta do ponta esquerda Joãozinho, o maior jogador da posição na história do clube.
Naquela Libertadores, em que a inscrição do Cruzeiro não respeitou a numeração que os jogadores usavam, com o lateral-direito Nelinho sendo o 9, o volante Piazza, o 13, e o atacante Palhinha, o 5, o herói Joãozinho, que fez história com a 11, vestia justamente a camisa 10.