(Bruno Cantini/Atlético)
Para realizar a improvável façanha de golear o Cruzeiro e avançar às semifinais da Copa do Brasil, logicamente o ataque atleticano vai ter que funcionar muito bem nesta quarta-feira (17). Resta saber se Rodrigo Santana planeja alguma alteração na formação inicial da equipe ou se a mudança necessária em relação ao último jogo contra a Raposa vai ser apenas na conversa com os atletas.
Do quarteto ofensivo que iniciou a primeira partida contra o Cruzeiro, formado por Luan, Cazares, Chará e Alerrando, quem vive a maior seca de gols é o “Menino Maluquinho”, que não marca desde a vitória do Galo contra o Boa Esporte, na semifinal do Campeonato Mineiro, no dia 7 de abril, ou seja, cerca de três meses e meio.
Autor de gols importantes e inesquecíveis para o torcedor atleticano, Luan não vive sua melhor fase dentro do clube. É verdade que sua função na equipe de Rodrigo Santana está longe de ser a de goleador, mas a falta de gols nas partidas recentes é um ponto que pode contar contra o atleta na corrida pela titularidade no clássico.
Gols decisivos
Por outro lado, a identificação de Luan com o torcedor atleticano e o histórico de marcar em jogos importantes pode pesar para que o meia-atacante permaneça na equipe titular. Quando o Atlético também precisava inverter uma situação adversa contra o Flamengo, o xodó da torcida atleticana foi quem marcou o quarto e decisivo gol para a classificação do Galo para a decisão da Copa do Brasil de 2014. No torneio daquele ano, ele anotou tento em todas as fases que o alvinegro participou, das oitavas para frente.
Um ano antes, outro gol de Luan foi fundamental para o título da Copa Libertadores de 2013. Marcado pela histórica defesa de Victor no pênalti batido por Riascos, o duelo contra o Tijuana também teve como herói o meia-atacante, que balançou as redes do time mexicano nos últimos minutos do jogo de ida, empatando a partida em 2 a 2.
Novidade
Velho conhecido da torcida atleticana, Rómulo Otero voltou ao clube mostrando aquilo que tem de melhor: a bola parada. A potente cobrança de falta que desencadeou o primeiro gol do Galo na virada sobre a Chapecoense mostrou que a batida na bola do venezuelano continua em dia.
Precisando marcar pelo menos três gols para sonhar com a classificação, Rodrigo Santana pode apostar na qualidade da bola parada de Otero para furar a sólida defesa armada por Mano Menezes. O venezuelano foi, inclusive, quem substituiu Luan ainda no intervalo da partida de ida no Mineirão.
*Hugo Lobão sob supervisão de Thiago Prata