As novas máquinas para o Mundial de F-1: o circo vai para o Halo

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/02/2018 às 19:17.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:31
 (Media Ferrari e Mercedes AMG Petronas/divulgação)

(Media Ferrari e Mercedes AMG Petronas/divulgação)

As duas favoritas ao título mundial de Fórmula 1 de 2018 (depois de duelar na temporada passada) escolheram o mesmo dia para mostrar suas novas máquinas.
A campeã Mercedes e a desafiante Ferrari deixaram claro que partiram do que havia de bom nos modelos do ano passado – o primeiro de novas regras como os pneus mais largos e as asas traseiras menores) e evitaram revoluções em seus conceitos.

Em comum nas duas, como nos outros três carros já revelados (os de Haas, Red Bull e Sauber Alfa Romeo) e nos que ainda serão mostrados antes dos treinos coletivos de Barcelona (começam segunda-feira) a presença do Halo.

O arco em fibra de carbono que já foi comparado a um chinelo de dedos por conta das formas venceu a resistência e a polêmica e será parte da paisagem na categoria, numa tentativa de reduzir o risco de acidentes que atinjam a cabeça dos pilotos.
Toto Wolff, diretor-principal da Mercedes, não fez questão de esconder sua opinião sobre a novidade. “Se me dessem uma motosserra eu cortaria sem piedade”.
Como não é possível, é dessa forma que os fãs da velocidade terão de se acostumar a ver as máquinas. Mesmo o monossilábico Kimi Räikkonen garantiu que não há problemas de visibilidade durante a apresentação da Ferrari SF71H, em Maranello.

Caminhos próximos
Reza a tradição da F-1 que as soluções mais eficientes acabam copiadas rapidamente pelos times adversários. No caso de Mercedes e Ferrari, não é exatamente o caso.

Com um time de projetistas e engenheiros formados em casa, sem medalhões, a Scuderia aprimorou o desenho do SF70H, com detalhes como as aletas nos espelhos retrovisores, uma complicada estrutura de defletores diante das entradas de ar laterais, para direcionar o fluxo aerodinâmico e o bico reto. A única concessão feita à concorrência foi a tomada de ar sobre o piloto, inspirada na principal concorrente.

O diretor-técnico ferrarista Mattia Binotto deixou claras as principais preocupações no projeto. “Não conseguimos ser tão eficientes ano passado nos circuitos mais velozes, e sofremos com a durabilidade de alguns componentes. Trabalhamos para resolver os dois aspectos”, garantiu.

Êxtase
Em Silverstone, a Mercedes não só apresentou seu W09 como já mandou o carro à pista, aproveitando de um dos “dias de filmagem” previstos nas regras do Mundial. Visualmente, as diferenças em relação ao carro que levou Lewis Hamilton ao tetracampeonato, ano passado, são poucas. A carenagem do motor está mais extensa e as laterais ainda mais estreitas, mas o bico mais estreito da suspensão em diante (uma das marcas registradas do carro de 2017) foi mantido.

Depois de um primeiro contato curto e sob chuva, Hamilton deixou clara sua expectativa. “É extasiante. A quantidade de empenho, determinação, tecnologia e expertise colocada em cada grama desse carro é de impressionar. Não vejo a hora de poder levá-lo a seus limites. É muito mais que uma máquina”, comentou.Haas F1, Red Bull Media Content e Sauber Alfa Romeo/divulgação 

Haas, Red Bull e Sauber Alfa Romeo também apresentaram seus modelos para a nova temporada

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