(Carlo Rhienck)
O gol solitário de Jô contra o Zamora, da Venezuela, na semana passada, no encerramento da fase de grupos da Copa Libertadores, foi o único que os atacantes alvinegros conseguiram marcar nas últimas três partidas. Nos dois clássicos contra o Cruzeiro, pela final do Campeonato Mineiro, o Atlético criou poucas chances e perdeu oportunidades claras, principalmente com Diego Tardelli e o próprio Jô. É essa situação que o técnico Paulo Autuori tenta mudar a partir deste domingo (20), na estreia do Campeonato Brasileiro, às 16h, contra o Corinthians, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. Com uma postura diferente em campo, a equipe vem priorizando a parte tática e também a defensiva. Com isso, já soma 17 jogos sem perder, apesar de o rendimento do ataque ter caído consideravelmente. Os números comprovam que o poder ofensivo do Galo, em 2014, deixa a desejar. Nas 21 vezes em que esteve em campo até agora, o time marcou apenas 33 gols. Nesse mesmo período em 2013, os comandados do técnico Cuca já tinham estufado as redes adversárias 59 vezes. Na primeira fase da Copa Libertadores do ano passado, Jô (artilheiro da competição, com sete gols) e companhia fizeram os goleiros rivais buscarem a bola no fundo das redes 16 vezes, o dobro do que conseguiram na fase classificatória da disputa internacional na atual temporada. Diego Tardelli até tem lutado bastante, mas não consegue êxito nas finalizações. Nas 15 partidas que disputou em 2014, marcou apenas dois gols, na vitória de 3 a 2 sobre o América, na primeira fase do Estadual. Jô teve mais competência. São oito, sendo quatro deles pelo Mineiro e quatro pela Libertadores. Mas, para o atacante, a resposta para o problema é simples e não há motivo de preocupação. “O Paulo Autuori tem priorizado a parte tática e a defesa. Tanto que estamos há 17 jogos sem perder”, explica. E acrescenta: “A gente sente uma marcação maior, o que dificulta a chegada da bola em mim. Mas tenho que procurar uma alternativa. Estou saindo um pouco mais da área para tentar fugir dessa marcação. Sei que o Atlético não é o mesmo do ano passado, que finalizava mais e fazia tantos gols”, completa Jô.