Astros mundiais dizem presente no atletismo do Rio-2016; lesões desafiam Jamaica

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte
17/07/2016 às 08:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:20

O cardápio de estrelas do atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio está praticamente completo. O único asterisco está no nome de Yelena Isinbayeva, que ainda luta por um lugar após banimento da Rússia por doping. A holandesa Dafne Schippers, os jamaicanos Usain Bolt, Shelly-Ann Fraser-Price, Yohan Blake e Elaine Thompson, os norte-americanos Justin Gatlin e Ashton Eaton, a etíope Genzebe Dibaba e o britânico Mo Farah seguramente vão ofuscar a ausência dos russos, se confirmada.

Os Estados Unidos, maior potência da modalidade, trarão cinco campeões olímpicos e cinco campeões mundiais. Nas provas de velocidade, vão disputar um jogo de poder com a Jamaica. A maior estrela é Justin Gatlin, principal rival de Bolt nos 100 metros.

Quenianos e etíopes estão prontos para dominar as provas de fundo e meio fundo. O Quênia vai trazer astros como David Rudisha, campeão olímpico em Londres-2012 e bicampeão mundial nos 800 metros. Pela Grã-Bretanha, Mo Farah, duas vezes medalha de ouro há quatro anos (5.000 e 10.000 metros) e cinco vezes campeão mundial, estará no Rio. Nas provas de pista, a tônica é o equilíbrio.

Depois do fraco desempenho no Pan de Toronto, com o menor número de ouros em 44 anos, o Brasil está otimista. Com 67 atletas, a maior delegação da modalidade da história dos Jogos, a confederação espera chegar ao maior número possível de finais, mas evita falar em medalhas. As apostas são a saltadora Fabiana Murer e as provas de revezamento.

VELOCIDADE

Em disputa direta contra os Estados Unidos, a Jamaica vai tentar manter o domínio nas provas de velocidade. Mas terá de superar um entrave: as lesões de seus astros. Enquanto os jamaicanos sofreram com problemas físicos na seletiva nacional, os norte-americanos estão "voando".

Usain Bolt terá a chance de buscar o tri nos 100 metros rasos, a prova mais nobre do atletismo. Antes disso, precisa provar na etapa de Londres da Diamond League, no dia 22 de julho, que está recuperado de uma lesão na coxa esquerda. O homem mais rápido do mundo entrou na lista final dos Jogos com um atestado médico.

Os concorrentes estão determinados a quebrar a supremacia de Bolt. O principal adversário é Justin Gatlin, dos Estados Unidos, que ostenta a melhor marca da temporada (9s80). O compatriota Yohan Blake é outro atleta que tem chances de surpreendê-lo. Nos 200 metros, os nomes se repetem; vale acrescentar o norte-americano LaShawn Merritt.

No feminino, as jamaicanas estão mais à frente. Bicampeã olímpica, Shelly-Ann Fraser-Pryce sonha em fazer história. Para manter seu reinado, ela precisa superar uma contusão no dedo do pé, que impediu sua presença nos 200 metros.

Elaine Thompson é outra postulante à medalha de ouro. A jamaicana cravou o melhor tempo do ano nos 100 metros (10s70) e igualou o recorde nacional da rival. A velocista também é um forte nome nos 200 metros, mas precisa se recuperar de uma contusão semelhante à sofrida por Bolt para entrar na briga pelas medalhas.

Os holofotes também estarão em Dafne Schippers, da Holanda. A atual campeã mundial, que chegou a brilhar no heptatlo, promete mostrar seu talento no Rio. Olhos atentos também em Tori Bowie (Estados Unidos), Shaunae Miller (Bahamas) e Veronica Campbell-Brown (Jamaica), que disputará a sua quinta Olimpíada.

Nos 110 metros com barreiras, os jamaicanos Omar Mcleod e Hansle Parchment - outro atleta prejudicado por lesão - querem aproveitar a ausência do campeão olímpico Aries Merritt. O norte-americano, que fez um transplante de rim, não se classificou na seletiva e é uma das baixas no Rio. O jogo de poder entre Jamaica e Estados Unidos também poderá ser observado nos 400 metros rasos - destaque para Allyson Felix (EUA) - e nas outras provas com barreiras.
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