Goleiro do Palmeiras na campanha do acesso à elite do futebol brasileiro, Fernando Prass afirmou nesta terça-feira que o Palmeiras alcançou apenas um do seus objetivos neste ano. "A primeira etapa da missão está cumprida, mas ainda não acabou. Faltam seis jogos e a gente precisa conquistar o título", destacou, em entrevista à TV Estadão.
Para Prass, apesar de o retorno à primeira divisão ter ocorrido com seis rodadas de antecedência, a campanha do acesso não pode ser considerada fácil. O goleiro apontou vitórias sofridas em partidas pela competição, como os 2 a 0 sobre o Bragantino, fora de casa, e o empate do último sábado com o São Caetano por 0 a 0, que garantiu o acesso do time, para apontar as dificuldades que o Palmeiras superou.
"O resultado em si foi frustrante para a torcida e para a gente", garantiu, minimizando as vaias após o jogo. "Acho que a reação não foi por um fator só, foi a segunda queda do Palmeiras, satura o torcedor um pouco. Sem contar que a gente tem que ter cuidado para diferenciar a torcida do Palmeiras em geral e um grupo específico."
Prass também projetou a próxima temporada, quando o Palmeiras comemorará o seu centenário, e disse que o time tem a necessidade de se reforçar, assim como todos os clubes. "O Cruzeiro, virtual campeão da primeira divisão, com certeza vai se reforçar. Então o Palmeiras, que está subindo agora, não tem por que ser diferente. Tem uma base boa, mas alguns vão sair, e naturalmente que o clube vai ter que fazer esse encaixe de novo para o ano que vem."
O goleiro evitou apontar setores específicos em que o time deve ter mais atenção e, mesmo sem declarar abertamente, defendeu a permanência do técnico Gilson Kleina. "Acho que o Gilson fez um excelente trabalho, e tem que ser analisado o ano todo, desde o começo, como ele pegou o time, e fazer uma avaliação sem cometer injustiça. O que podemos fazer é fazer nosso trabalho para dar força e poder para ele."
BOM SENSO FC - Um dos líderes do movimento de jogadores que pede mudanças no calendário e na estrutura do futebol brasileiro, o Bom Senso FC, Prass afirmou que os jogadores até demoraram a se unir para fazer reivindicações.
"É uma situação que já vem com muito atraso. É inadmissível o jogador, o clube, o diretor, a própria comissão técnica não participarem da organização do futebol brasileiro. A gente tem que ter o direito de opinar."
O goleiro acredita que o movimento trará resultados. "A gente não sabe o que vai acontecer daqui para a frente, mas a CBF abriu para o diálogo, as federações, os árbitros, os sindicatos dos jogadores, Globo, e acho que vai ser tudo levado de uma maneira positiva."
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