Atlético cria chances, mas é pego no contra-ataque e perde para o Corinthians no Mineirão

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
02/08/2017 às 23:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:53
 (PEDRO VALE/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)

(PEDRO VALE/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)

O Estádio Mineirão foi um fator motivacional para o Atlético conseguir o que ninguém pôde neste Brasileirão. Mas não foi o ingrediente suficiente. Com bom público, o Gigante da Pampulha viu o Corinthians vencer o Galo por 2 a 0, com gols de Jô e Rodriguinho.

Encarando o melhor time do Brasil, o Atlético tentou jogar de igual para igual e até merecia sorte melhor na partida. Só que algumas peças não conseguem render mesmo quando o time faz bom jogo. No ataque, Rafael Moura e Pablo foram peças negativas, assim como as entradas de Robinho e Otero.

O Galo, que chega à sexta derrota em casa no Campeonato Brasileiro, em 10 jogos feitos em Belo Horizonte, deixou o Mineirão sob gritos até fracos de "time sem vergonha". O negócio é jogar fora de casa. Na próxima rodada, é o Grêmio em Porto Alegre.

LÍDER NÃO POR ACASO E 'PABLO DA SOFRÊNCIA'

A volta do Mineirão foi bem quista pela torcida do Atlético. A recepção do time na entrada do campo teve foguetes especiais. Mas o que não agradou foi a manutenção de Pablo no time titular. O Galo perdeu Luan de véspera (dor muscular) e viu Robinho, Otero e Valdívia na reserva do velocista.

O Galo encarava o melhor time do Brasil de igual para igual, e até mesmo dominava a posse de bola, criando chances claras de gol, como a cabeçada fraca de Rafael Moura, o chute colocado para fora do mesmo jogador e uma finalização de ângulo fechado de Cazares, em belo lançamento de Marcos Rocha (no lance, He-Man pediu o cruzamento e ficou maluco ao não receber a bola).

O time da casa era mais organizado do que em outros jogos, tendo Gustavo Blanco como uma boa válvula de escape na direita, na ausência de Luan. Do outro lado, entretanto, Pablo sofria e fazia sofrer. Sua velocidade não foi imposta para cima de Fágner, não tinha decisões claras das jogadas, mesmo não fugindo da partida. Num lance defensivo, ganhou de Jô na corrida, tinha total controle da jogada, mas deu um carrinho desnecessário na bola e quase o camisa 7 marcou.

Mas foi sem a bola que o camisa 70 vacilou. O Corinthians explorou as costas de Fábio Santos, cruzou rasteiro. A bola foi mal finalizada no primeiro momento, mas sobrou para Jô cumprir a "Lei do Ex". Conforme prometido, ele não celebrou com entusiasmo o gol marcado contra o Galo.

De maneira sileciosa, letal e até mesmo injusta, o Corinthians abria o placar no Mineirão e viu o Atlético sentir o gol logo depois. O Timão achou mais espaços nas laterais e assustava. Já o Galo falhava na hora do último passe, forçando enfiadas aéreas por trás da zaga com Cazares e Carioca, todas fora do alcance dos atacantes.

MAIS ERROS E O CONTRAGOLPE FATAL
A equipe da casa se impôs na partida. Mas o Corinthians sabia sofrer o jogo como ninguém. Chance de gol é o que não faltou ao Galo no segundo tempo. Mas a rede do Timão custa a balançar, seja contra quem for.

E no contra-ataque, o líder absoluto do Brasileirão metia medo. Num contragolpe fulminante, Fágner disparou na direita, foi até a linha de fundo para cruzar atrás, rasteiro. Rodriguinho chutou e obrigou Victor a salvar o time. No rebote, Clayson rolou para Maycon. O volante chutou e quase fez o segundo.

Mas o Atlético também fazia por merecer o gol. Em dois lances parecidos, Robinho e Cazares receberam a bola aérea no segundo poste. O equatoriano saiu muito perto de Cássio e ficou sem espaço para chutar. Já Robinho o tinha, mas chutou mal. O camisa 10 quase se redimiu, ao chutar forte fora da área e obrigou o arqueiro corintiano a espalmar no susto.

Só que o contra-ataque mortal do Timão estava nascendo. O Galo foi para cima, se expôs, e não soube fechar os espaços nas fincadas do time líder. Em jogada na esquerda, Rodriguinho viu a bola sobrar na área e deu um corte seco em Leonardo Silva, de deixar o zagueiro no chão, e bateu no contrapé de Victor, para sacramentar a vitória e manter uma campanha impressionante e histórica nos pontos corridos.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 0x2 CORINTHIANS

Atlético: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias (Robinho) e Gustavo Blanco (Adilson); Cazares, Pablo (Otero) e Rafael Moura. Técnico: Rogério Micale

Corinthians: Cássio;  Fágner, Balbuena, Pedro Henrique e Guilherme Arana; Maycon, Gabriel, Rodriguinho (Fellipe Bastos) e Giovanni Augusto (Camacho); Clayson e Jô (Kazim Richards). Técnico: Fábio Carille.

Gols: Jô, aos 30'/1ºT e Rodriguinho, aos 36'/2ºT
Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno Jr.
Cartões amarelos: Giovanni Augusto (COR); Leonardo Silva, Otero e Marcos Rocha (CAM)
Público: 45.259 presentes
Renda: R$ 954.371,00

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por