Atlético e Cruzeiro se enfrentam com bola aérea como arma e preocupação

No maior confronto de Minas, o perigo vem do alto. Mas nada de drone cruzeirense zoando o Atlético pela Série B ou o mesmo aparelho usado pelo Galo para evitar a invasão. O espaço aéreo do Independência terá uma disputa tática. Com promessa de muitas bolas alçadas na área e alerta vermelho ligado, Galo e Raposa medem forças neste domingo (27), às 11h, pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro, valendo a primeira colocação.

No Estadual, o líder Cruzeiro já marcou 12 gols. Mais da metade em jogadas aéreas. Já o Atlético, vice-líder e melhor ataque da competição, detém 25% dos gols assinalados por meio das bolas jogadas pelo alto.

No Galo, a principal arma tem números de dar inveja a muitos atacantes. Leonardo Silva, máximo zagueiro-artilheiro do Atlético, já anotou 27 gols pelo clube. O ex-cruzeirense já mostrava seu poderio ofensivo na época em que era o pesadelo justamente do Galo.

Já cascudo em clássicos, Léo sabe que jogos com grande apelo são decididos na frieza dos jogadores. Subir ao ataque, achar o melhor posicionamento, desviar da marcação rival e esperar o tempo certo para subir. Cálculos realizados em segundos e de maneira quase automática.

“Em clássico, mesmo se houver desequilíbrio, cada equipe tenta evoluir dentro das possibilidades e fazer o melhor nos jogos. É sempre superação. Acho que há um equilíbrio entre as equipes. Espero um jogo difícil. O Cruzeiro vem de três vitórias seguidas no Campeonato Mineiro, vem se encaixando”, afirma Léo Silva, também autor do gol da vitória diante do Uberlândia, na estreia do Estadual.

Cabeça de míssil

O mais alto jogador do duelo (já que Thiago, com 1,98m, é o reserva de Uilson), Leonardo Silva, no alto do 1,92m, terá como concorrente um jogador mais baixo, mas com igual capacidade para vencer a batalhas nas alturas. O zagueiro Bruno Rodrigo, de 1,86m, é conhecido dentro do elenco do Cruzeiro como “Cabeça de míssil”. Foram 13 gols marcados com a camisa celeste. “A bola aérea decide os jogos. A gente tem que ter atenção na bola parada contra. Quando tiver a favor, vamos tentar marcar. Se não for os mais altos a fazer os gols, que a bola sobre para os outros”, afirma o defensor.

Após um jejum de quase dois anos, Bruno Rodrigo vem de dois jogos consecutivos balançando a rede. Contra o Villa Nova, inclusive, demonstrou o repertório variado, ao aproveitar cabeçada de Henrique para marcar o gol da vitória celeste.

Ao vencer o tempo de vacas magras no ataque, o zagueiro pode satisfazer, pela primeira vez, a filha Maria Alice. Afinal, ela, de apenas nove meses, não havia visto o pai fazer a torcida do Cruzeiro pular. “Estava com muita saudade de marcar um gol. Ainda não havia feito nenhum para dedicar a ela”, disse o camisa 4, após a vitória contra o Uberlândia, há 12 dias.

 Editoria de Arte/Hoje em Dia / N/A

 Ficha do jogo

Atlético x Cruzeiro

Atlético

Uilson; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Tiago e Carlos César; Rafael Carioca e Junior Urso; Luan, Robinho e Hyuri; Lucas Pratto.

Técnico: Diego Aguirre

Cruzeiro

Fábio, Fabiano, Bruno Rodrigo, Manoel e Fabrício (Sanchéz Miño); Henrique, Lucas Romero e Ariel Cabral; Élber, Rafael Silva e Sanchéz Miño (Allano).

Técnico: Deivid

 Horário: 11h

Local: Estádio Independência

Arbitragem: Emerson de Almeida Ferreira, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Marcos Vinícius Gomes, todos de Minas Gerais

Transmissão: Premiere